Start-up do mês: eBreathie desenvolveu tecnologia para ajudar doentes com asma

A start-up nacional, que está incubada no Madan Parque, desenvolveu um dispositivo médico que liga um inalador tradicional a uma app, para melhorar a prestação dos cuidados de saúde respiratórios.

A eBreathie foi criada em 2021 por Ana Rita Constante, Ana Filipa Rebelo e Ana Rita Rebelo. A pediatra, a engenheira biomédica e a engenheira informática, respetivamente, conheceram-se no programa Nova Impact Challenges e desenvolveram a ideia inicial, que tinha sido pensada por Ana Rita Constante durante a sua pós-graduação.

Depois de terem fundado a start-up, as empreendedoras desenvolveram uma solução que consiste num smart-inhaler add-on, ou seja, um dispositivo médico que se liga ao inalador tradicional de um doente asmático, transformando-o num inalador inteligente e conectável. Há  ainda uma app e uma plataforma médica de gestão de doentes, onde cada médico poderá acompanhar em tempo real as queixas e evolução dos seus pacientes.

O objetivo da start-up é ter a solução pronta a ser comercializada em 2025. Neste momento, decorrem testes de usabilidade da aplicação.

Nome da start-up: eBreathie.

Fundadores: Ana Rita Constante (médica pediátrica), Ana Filipa Rebelo (Engenheira Biomédica) e Ana Rita Rebelo (Engenheira Informática).

Atividade: A eBreathie está a desenvolver um dispositivo médico – um smart-inhaler add-on – que é composto por três partes:
» um dispositivo físico que se liga ao inalador tradicional do doente asmático, transformando-o num inalador inteligente e conetável;
» uma aplicação móvel, que o doente utiliza para monitorizar a sua medicação, ver se a realizou de forma correta, registar os seus sintomas e ver registos da qualidade do ar e alergénios presentes no ar, com base na sua localização GPS;
» uma plataforma médica de gestão de doentes, onde cada médico pode acompanhar em tempo real os seus doentes e a sua progressão da doença

A eBreathie está também a desenvolver um algoritmo de inteligência artificial, o Asthma Preview, que irá integrar os dados de cada doente e identificar potenciais triggers de asma de forma personalizada. Este sistema irá permitir também detetcar um agravamento súbito da doença (exacerbação/ataque de asma), mesmo antes do doente apresentar sintomas.

Volume de negócios: Neste momento, a eBreathie está a desenvolver estudos clínicos com doentes, por forma a avaliar os seus benefícios a longo prazo, esperando entrar no mercado europeu em 2025.

Plano de negócios: A estratégia da eBreathie passa por um modelo de negócios B2B, adotando como primeiros clientes os hospitais e médicos destes doentes, incluindo também as companhias de seguros e farmacêuticas como importantes stakeholders.

Porque merece destaque: “A eBreathie é uma start-up na área de saúde digital, com três cofundadoras que adotaram a missão de revolucionar a gestão da doença da asma e melhorar a qualidade de vida destes doentes. A sua tecnologia disruptiva pode ajudar mais de 300 milhões de pessoas por todo o mundo a viverem com mais qualidade e por mais tempo, com poupanças anuais em saúde de 50 biliões de euros”, explicou o Madan Parque, onde a empresa está incubada, ao Link to Leaders,

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