Safari Central: o “Pokemon GO” que contribui para a proteção da vida selvagem

Vai ser lançado em agosto o Safari Central, um jogo de realidade aumentada parecido com o “Pokemon GO”, mas que em vez dos monstros imaginários vai levar animais reais para as ruas das cidades.

As organizações e parques naturais que trabalham na conservação das espécies animais precisam de ter acesso à localização dos animais para os poderem estudar e perceberem quando há a necessidade de intervir.

A Manyara, por exemplo, é um elefante fêmea de 26 anos de idade que vive numa área protegida da Tânzania. Durante cinco meses Manyara percorreu quase 700 quilómetros à procura de comida e água. A Fleur e a Valentine são duas leoas que vivem no Quénia e que praticamente nunca se separam para se poderem proteger a si e às suas seis crias. Dados como estes só são conseguidos porque os animais são monitorizados através de tecnologia GPS.

E agora, a Internet of Elephants, uma start-up que tem sede nos Estados Unidos e no Quénia, vai utilizar estes dados para criar um jogo de realidade aumentada que, nas suas bases, funciona da mesma maneira que o Pokemon GO. A diferença é que o Safari Central – o nome do jogo criado pela start-up – utiliza dados e animais reais no seu jogo. Levando algumas espécies para o meio da cidade, a Internet of Elephants vai lançar o jogo em agosto, altura em que vão estar disponíveis seis tipos de animais diferentes.

“Pense no jogo como o Pokemon GO, mas onde os animais são reais e que se movem pela cidade com base nos seus movimentos verdadeiros”, referiu Gautam Shah, fundador da Internet of Elephants, em entrevista.

A empresa está, neste momento, a recolher investimentos numa campanha de “crowdfunding” no Kickstarter, com uma meta de cerca de 70 mil euros.

Safari Central

Apesar de ser uma start-up com fins lucrativos, 20 porcento das receitas do Safari Park vão reverter para organizações que protegem e cuidam da vida selvagem como a WWF (World Wildlife Fund) e a Conservation International. O objetivo será, segundo a equipa da start-up, gerar perto de 17 milhões de euros (20M dólares) por ano para este tipo de organizações, o que coloca a fasquia de receitas anual num valor de 85 milhões de euros.

O jogo completo está previsto ser lançado em agosto de 2018, no entanto, espera-se a versão beta no final de agosto deste ano.

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