Rejeitados no Shark Tank veem negócio crescer abruptamente

Nenhum dos “tubarões” acreditou que o caderno moderno apresentado por esta start-ups fosse ter sucesso no mercado.
Depois de termos enumerado os negócios mais rentáveis do Shark Tank, trazemos-lhe mais uma história que poderia ter tido sucesso no tanque, mas que os tubarões rejeitaram.
Tal como a Ring, que foi recentemente vendida por mais de 810 milhões de euros à Amazon, também os fundadores da Rocketbook viram as suas propostas rejeitadas pelos investidores do Shark Tank.
Apesar de nenhum dos tubarões ter mordido a proposta de 340 mil euros por 10% da empresa, os fundadores do projeto dizem já ter receitas superiores a 8,45 milhões de euros.
Desde há um ano, altura em que o episódio foi para o ar, que o negócio ainda não abrandou. O produto apresentado pelos dois fundadores é um caderno que permite aos utilizadores aceder às suas notas online e que, tal como outros cadernos, é reutilizável.
Com quatro modelos diferentes, a empresa, que tem cerca de três anos de existência, já vendeu mais de um milhão de cadernos. Os produtos desta marca estão entre os mais vendidos do seu segmento na Amazon.
Em esclarecimentos ao Business Insider, o cofundador Joe Lemay afirma mesmo que “passámos com uma bola de destruição por cima da indústria dos cadernos ao criar algo mil vezes mais útil do que os produtos já existentes”.
Apesar de serem esteticamente semelhantes a cadernos normais, os produtos da Rocketbook possuem uma tecnologia simples, mas que permite passar as notas tiradas no caderno para uma cloud ou drive.
Para além de ter uma aplicação mobile para tirar fotografias ao caderno, a grande mais-valia que a Rocketbook trouxe à indústria prende-se com os sete símbolos diferentes que estão no rodapé de cada página. A partir destes, o utilizador pode programar a app para enviar as fotografias para diferentes sítios (Google Drive, email, etc), precisando apenas de marcar um (ou vários) símbolos.
Segundo o que Lemay explicou ao Business Insider, foi a produção que contactou a dupla para fazerem parte do programa e não o contrário. O cofundador admitiu até que a apresentação da empresa durou mais de uma hora e que os investidores os interromperam por várias vezes. A ideia que Lemay passa à publicação norte-americana é a de que a apresentação foi um “caos”.
Kevin O’Leary, também conhecido como “Mister Wonderful”, foi um dos maiores críticos do produto. O investidor mostrou não compreender a razão por trás de um caderno reutilizável, visto que esta característica diminuiria a necessidade dos clientes gastarem mais dinheiro.
O fracasso no Shark Tank não ditou o futuro da Rocketbook. Um mês antes de o episódio ter ido para o ar, a start-up fechou uma campanha de crowdfunding no Kickstarter onde arrecadou mais de dois milhões de euros em receitas, batendo o recorde da plataforma no segmento de produtos para escritórios.