Quer recrutar à distância? Siga estas dicas da BJSS.
Consultora britânica BJSS partilha cinco passos que poderão ajudar as empresas a otimizar o seu processo de recrutamento nestes tempos desafiantes.
Entre tendências estrangeiras, equipas internacionais e uma pandemia mundial, o trabalho remoto veio para ficar e traz consigo desafios nunca antes vistos que afetam diretamente a capacidade de atrair e reter talento.
Segundo um estudo realizado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) em junho, quase metade das empresas continuavam a operar de forma remota. De igual modo, também o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública aponta que 25% dos funcionários públicos permanecem nesta modalidade pelos próximos três anos.
Com o objetivo de recrutar 150 pessoas durante os próximos 18 meses para o escritório de Lisboa – a larga maioria enquanto trabalhadores remotos -, a consultora britânica BJSS partilha cinco passos que poderão ajudar as empresas a otimizar o seu processo de recrutamento nestes tempos desafiantes.
1. Descrição da oferta: um desafio ignorado
Basta uma breve pesquisa de emprego para compreender que as descrições das ofertas são muito semelhantes. Este aspeto levanta duas questões: do lado da empresa, que o departamento de Recursos Humanos (RH) poderá estar a deixar de parte talento; e do lado dos candidatos, que poderão assumir que a posição não é para eles.
Descurar uma descrição pode estar a comprometer o acesso ao talento certo. Os departamentos de RH e os recrutadores precisam de avaliar a melhor forma de interpelar os candidatos. No lugar de se focarem em employer branding ou ferramentas tecnológicas como formas de acelerar o processo, este tempo deve ser aplicado a testar melhorias na abordagem.
O primeiro passo é assegurar que a nomenclatura e descrição estão corretas e específicas – e não taxativas. Desta forma, os candidatos terão uma melhor oportunidade para mostrar as suas soft skills. Se a função ainda não tiver um título, ou este ainda não for comum, poderá representar uma nova oportunidade de talento para o recrutador.
2. Alcançar a mão-de-obra correta
Esta nova perspetiva de alcançar os candidatos certos é muito mais abrangente, uma vez que permite criar uma equipa versátil a vários níveis: género, qualificações académicas, background, nível de experiência, idade, origem e capacidades técnicas. “Combinados, o resultado são personalidades diferentes e experiências interessantes alinhadas com o tipo de projetos da empresa, sendo que é importante ter em mente que o conhecimento técnico pode ser aprendido, ao passo que os valores são mais difíceis de desenvolver”, explica a BJSS em comunicado.
3. Acesso a uma maior oportunidade de talentos
Felizmente, vivemos num mundo cada vez mais digital, o que significa que “é possível encontrar talentos incríveis praticamente por todo o lado”. Se o objetivo das empresas é tornarem-se remotas, então faz sentido escolher os candidatos pelo seu talento e não necessariamente pela sua localização. Na prática, isto significa recrutar pessoas que estariam tipicamente fora das habituais pesquisas associadas a uma dada geografia, significa também trazer talento de outros países para Portugal ou até estabelecer equipas completamente remotas sem depender de uma dada geografia ou cidade.
4. Processo de recrutamento, digital, remoto e humano
Digitalizar o processo de recrutamento não é o único desafio. É importante preparar a empresa para que a própria integração de novos funcionários seja feita remotamente desde o primeiro dia. Isto significa investir numa cultura de empresa que incentive à colaboração e trabalho remoto. Treinar a empatia e estar consciente do que o ‘novo normal’ poderá significar para os colegas e como os poderá afetar é crucial, principalmente na definição de novas rotinas e condições de trabalho. Sendo que este último ponto ganhará ainda maior importância para os recém-chegados. A ‘arte de ser humano’ num ambiente digital é de vital importância nesta fase, defende a consultora britânica.
5. Gerir um onboarding totalmente remoto
Gerir um processo de onboarding totalmente remoto requer também uma redefinição de como este se transporta para a casa da funcionário. Significa para as empresas um mapeamento de como o processo era anteriormente feito e como é que este poderá ser completamente “transportado” para um ambiente remoto sem que se perca a interação humana.
Perante uma nova equipa totalmente remota, a comunicação é chave. Atualizações regulares e transparentes ajudam a prevenir desinformações. Ferramentas como o Slack ou o Twist, em conjunto com chamadas periódicas via Zoom e outras atividades virtuais criadas pela empresa tornam-se essenciais para manter a equipa organizada e focada, ao mesmo tempo que motivada e a par das últimas notícias internas.
“A mentoria e acompanhamento permanecem cruciais e possíveis de realizar através destas plataformas, onde também deverá existir tempo para um café ou chá informal. Considerando a saúde mental e o bem-estar, oferecer serviços totalmente lúdicos – individuais ou em grupo – como sessões de aprendizagem ou aulas de exercício virtual, não só irão fortalecer o espírito de equipa, como fortalecer o respetivo sistema imunitário”, conclui a BJSS.