Quer manter os seus dados em segurança? Siga estas dicas e faça backup.

O Dia Mundial do Backup assinala-se hoje e a Sophos reuniu cinco dicas para que os nossos dados estejam sempre a salvo.

A propósito do Dia Mundial do Backup que se celebra hoje, a especialista em cibersegurança Sophos assinalou a ocasião com um conjunto de regras/dicas que ninguém deve descurar se quiser manter os seus dados em segurança.

A multinacional lembra que com tanta gente a trabalhar a partir de casa neste momento, e sem o apoio das equipas de TI das empresas, tem de ser cada um de nós a assegurar-se que tem backup dos seus dados e ficheiros para não ser apanhado desprevenido. A tarefa não é tão difícil, mas para o ajudar a fazer backup da forma adequada, a Sophos destaca cinco dicas:

Salvaguarde os seus dados
Vão longe os tempos em que instabilidade do hardware e do software eram as principais razões para fazer backups nos computadores pessoais ede trabalho.

Hoje, os perigos que se enfrentam nesta matéria prendem-se com o perigo de perder dados devido a malware, especialmente ransomware. Motivo pelo qual as cópias de segurança voltam ser estar na ordem dia, especialmente, lembra a Sophos, durante a pandemia do coronavírus em que as equipas de TI não podem estar no escritório e intervir nos computadores afetados.

Um processo de backup seguro e regular vai protegê-lo de perdas de dados inesperadas de qualquer tipo, incluindo casos em que os dados não estão perdidos, mas ainda assim não se consegue obtê-los – como muitas pessoas já viveram, quando começou o período de isolamento do coronavírus e não puderam voltar ao escritório.

Cópias de segurança longe de olhares criminosos
Além de incentivar a realização de backups por razões gerais, que vão para além do risco específico de ransomware, a Sophos  alerta para a existência de riscos importantes associados aos cibercriminosos e que precisa de ter em conta.

Em muitos dos ataques mais recentes investigados, a multinacional constatou que os criminosos dispuseram de dias para analisar a rede das vítimas antes de darem início ao seu ataque final – como colocar ransomware em centenas de computadores ao mesmo tempo.

Desta forma, pense nas cópias de segurança em tempo real que mantém online como cópias secundárias, e assegure-se de que tem também uma cópia real e offline dos ficheiros. Quer esteja em casa ou no trabalho, pode fazê-lo com frequência, desligando os dispositivos de backup ou desconectando-se propositadamente da conta cloud onde os guarda.

A empresa recomenda também que adicione a 2FA (autenticação de dois fatores) às suas contas cloud de cópias de segurança. Primeiro, porque ajuda a manter os criminosos longe, que não podem utilizar a cópia de segurança na cloud para violar os seus dados. Segundo, porque significa que não pode iniciar a sessão de forma acidental, utilizando passwords armazenadas na cloud.

Não crie cópias de segurança que todos podem ler
É recomendável manter cópias de segurança “externas”, ou seja, que não estejam apenas offline, mas sim numa localização física diferente da cópia original. Um dispositivo amovível que pode guardar num cofre seguro no seu banco é uma excelente forma de proteger as suas principais cópias de segurança. Mas se estiver em isolamento devido ao coronavírus, é impossível concretizar esta ideia.

Por isso, terá de confiar no armazenamento na cloud, onde os seus dados estão guardados fora da localização na internet. Para evitar a violação dos dados, existe uma forma de proteger os seus dados externos, seja na cloud ou num dispositivo amovível, que consiste em encriptar os dados antes de os retirar do computador ou rede. Para ajudar neste processo, a Sophos refere que o Windows conta com o BitLocker, os Macs com o FileVault e o Linux com o LUKS e o cryptsetup, que podem ser utilizados para criar discos e partições encriptados. Também existem outras ferramentas de criptografia gratuitas e de software livre que não fazem parte de nenhum sistema operativo.

Não ignore a parte de “restauro” do processo
Lembre-se que não fez um verdadeiro backup, se não o puder restaurar. Ou seja, por vezes as pessoas fazem cópias de segurança regularmente, mas depois não conseguem recuperar os ficheiros que pretendem quando necessário. Por isso, sugere a empresa, veja o restauro das cópias de segurança como um simulacro de incêndio: está a utilizar a saída de emergência e a afastar-se do edifício quando não existe um incêndio real, para que, se ele ocorrer um dia, não tenha de o combater. Além disso, faça testes, perceba quanto tempo demora a ter a cópia de segurança pronta para restauro, quanto tempo demora a extrair todos os conteúdos.

Não adie para amanhã
Trate de pôr em prática a dicas anteriores e faça uma cópia de segurança já para não se arrepender mais tarde.

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