Programa Metamorfose quer acelerar o crescimento e competitividade das PME

Apoiar as PME nacionais a reforçarem o seu governance, criando condições para o seu desenvolvimento e aumento de escala é o propósito do programa Metamorfose, uma iniciativa da Associação Business Roundtable e do Instituto Português de Corporate Governance.

A Associação Business Roundtable Portugal (Associação BRP), numa parceria com o Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), apresentou ontem o programa Metamorfose, uma iniciativa integrada de corporate governance destinada a acelerar o crescimento e competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas.

Trata-se de um programa desenhado pelas empresas para as empresas, como explicou Vasco de Mello, presidente da Associação BRP. “Somos 42 grandes empresas que acreditam que Portugal deve ter maior ambição para regressar ao top 15 europeu de riqueza per capita. Também nós, empresas, somos convocadas para esta missão de crescimento nacional, por isso, e defendendo a iniciativa privada, muitas das propostas que desenvolvemos dependem das próprias empresas da Associação BRP ou de outras que se pretendam associar, e não apenas do Estado”.

Composto por três ferramentas – um guia de boas práticas, um scoring e uma bolsa de conselheiros -, este programa espera chegar a mais de 50 mil empresas. Disponível online e de forma gratuita, o Guia de Boas Práticas de Governance identifica um conjunto de 68 medidas e recomendações práticas que devem ser adotadas de forma evolutiva pelas empresas tendo em vista a evolução do modelo de gestão e o reforço das estruturas de governance. Já o scoring para medir o estado de maturidade de cada empresa, ao nível do governance, e que estará brevemente disponível, consiste permitirá às pequenas e médias empresas medirem o seu grau de maturidade em matéria de governance, conhecerem os seus pontos fortes e fracos, e compararem a sua avaliação com os resultados do setor e com empresas de dimensão ou estágio de maturidade similares.

A bolsa de conselheiros, formada, desde já, por mais de 40 quadros superiores e executivos de empresas, estará disponível para desafiar e apoiar as equipas de gestão das PME interessadas em participar, e trazer uma visão externa e independente. Ao integrarem esta bolsa, os profissionais começam por completar uma formação específica na área do governance, administrada pelo IPCG.

Neste momento planeado um piloto com a participação de quatro empresas e quatro conselheiros, que os promotores esperam escalar até ao final de 2022.

“Com estas ferramentas, ambicionamos apoiar as empresas a darem um importante salto de crescimento, que terá necessariamente efeitos positivos em toda a economia”, frisou Ana Paula Marques, líder do grupo de trabalho de Corporate Governance da Associação BRP.

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