Portugueses aderem cada vez mais às compras online, mas com reservas.

O estudo Observador Cetelem eCommerce 2019 revela que os portugueses estão a aderir ao comércio online, mas também aponta alguns inconvenientes e aspetos a melhorar neste processo.

De forma a conhecer  a posição dos consumidores portugueses relativamente às vantagens e aos inconvenientes das compras online, o Observador Cetelem realizou o relatório “eCommerce 2019” e divulgou esta semana alguma das principais conclusões. Assim, entre os aspetos positivos das compras através da internet, a comodidade foi vantagem referida com mais frequência pelos inquiridos (65%).

A possibilidade de comprar em qualquer local, por um lado, e o querer evitar deslocações (55%), multidões em lojas (53%), por outro, foram alguns dos aspetos referidos como vantagens do recurso à internet. Os inquiridos na pesquisa destacaram ainda aquisição de produtos que não estão disponíveis em Portugal (18%), assim como a simplicidade e rapidez do processo de compra.

Numa análise mais regional, os habitantes na região Centro surgem como aqueles que mais valorizam a comodidade (56%), seguidos pelos da região Sul do país (54%). Ao nível etário, os shoppers entre os 25 e 34 anos (57%) são os que mais valorizam a comodidade. Os que estão na faixa entre 55 e os 65 anos, destacam a vantagem de evitar filas e deslocações. Os preços baixos continuam a motivar a compra online.

Mas as vantagens são apenas um dos lados da moeda – no seu reverso estão os aspetos menos positivos percecionados como inconvenientes ou desvantagens.

Já no domínio dos aspetos menos positivos das compras online, as dificuldades associadas às devoluções foram referenciadas por 44% dos inquiridos, com especial incidência na área do Porto (39%). O tempo de espera e o receio da existência de danos durante o transporte forma desvantagens mencionados por 33% dos consumidores portugueses. Destaque ainda para o facto de 31% dos portugueses terem referido não confiar na qualidade dos artigos à venda online e 29% afirmar não ter informações necessárias sobre os mesmos.

Apesar do crescimento do ecommerce em Portugal nos últimos anos, a taxa de penetração do comércio online ainda se encontra abaixo da média europeia, uma vez que 68% dos consumidores nacionais ainda não fazem compras online. A falta de confiança/ segurança (57%), prazer de comprar em lojas físicas (38%) e o querer ver/experimentar o que compra (28%), são ainda algumas das barreiras que o crescimento do ecommerce enfrenta junto do público nacional.

Esta pesquisa, realizada pela Nielsen, teve por 1000 telefónicas, junto indivíduos de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal Continental.

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