Portugal recupera competitividade digital, segundo o ranking do IMD

O ranking IMD Digital Competitiveness coloca Portugal na 34.ª posição mundial em termos de competitividade. Foram analisadas 64 economias.

A competitividade digital de Portugal voltou a ganhar espaço na cena mundial de acordo com ranking de Competitividade Digital do IMD World Competitiveness Center. Na análise divulgada esta semana, o país passou a estar na 34.ª posição, o que representa uma subida de três posições face ao ano passado. Recupera, assim, o lugar que ocupava no ranking de 2019.

No conjunto de indicadores analisados, a subida mais significativa de Portugal registou-se no indicador de Preparação para o Futuro (ao passar da 41.ª para a 38.ª posição), pelo facto do país ter evoluído em relação à sua atitude de adaptação e à maior integração de IT.  Verifica-se, contudo, uma lacuna na utilização de ferramentas digitais, como a big data e analytics, o que está a atrasar a evolução a nível nacional e faz com que o país não tenha maior agilidade empresarial, conclui o estudo.

Já no indicador Conhecimento verificou-se a subida de uma posição, da 33.ª, no ano passado, para 32.ª este ano, justificada pelo talento e pela concentração científica existente no país. No indicador de Tecnologia manteve o mesmo lugar.

Este ano, o IMD Digital Competitiveness Ranking avaliou 64 economias mundiais. O ranking baseia-se na avaliação de três fatores: Conhecimento, que captura a infraestrutura intangível necessária para as dimensões de aprendizagem e descoberta da tecnologia; Tecnologia, que quantifica o cenário de desenvolvimento de tecnologias digitais; e Preparação para o Futuro, que examina o nível de preparação de uma economia para assumir a sua transformação digital.

A análise é feita pelo Institute for Management Development (IMD) que em Portugal conta com a parceria exclusiva, desde 2015, da Porto Business School para a recolha de dados relativos ao nosso país.

No panorama mundial, os EUA continuam a liderar, pelo quinto ano consecutivo, o ranking dos países mais competitivos no digital, seguido de Hong Kong, na segunda posição, e da Suécia, na terceira. O sucesso dos EUA continua a ser justificado pelas atitudes de consumo altamente reativas, a prevalência doméstica da tecnologia e a confiança das empresas no capital de risco acessível.

Hong Kong destacou-se pela liderança em licenciados em ciências e também pela liderança da exportação de bens de alta tecnologia, em proporção com todas as suas exportações de produtos manufaturados.

Ainda de acordo com o Centro de Competitividade do IMD, o terceiro lugar dos suecos no ranking foi alcançado em grande parte pela forte economia de conhecimento e desenvolvimento de talento do país e pela perceção empresarial global de que o país acolhe facilmente competências digitais e tecnológicas. Depois de no ano passado integrarem o Top 3, este ano a Dinamarca e Singapura passaram para a quarta e quinta posições, respetivamente.

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