PORTL: empresa dos EUA cria alternativa às chamadas de videoconferência

Está à procura de uma nova maneira de comunicar? Uma empresa de Los Angeles criou máquinas do tamanho de cabines telefónicas para transmitir hologramas ao vivo.

Imagine fazer a Joe Biden ou a Donald Trump as perguntas que realmente gostaria que eles respondessem. Podia não estar lá, mas era “transportado” para o local. É precisamente isto que uma nova máquina permite fazer.

A PORTL assume-se como a tecnologia de holograma mais avançada do mundo. O seu criador, David Nussbaum, criou a unidade PORTL após ter trabalhado em hologramas do tamanho de uma arena e no holograma da Biblioteca Ronald Reagan.

O dispositivo fabricado pela PORTL permite que os utilizadores conversem com um holograma em tamanho real de outra pessoa. Os utilizadores podem, por exemplo, gravar o conteúdo ao vivo na aplicação que os conecta ao dispositivo PORTL. A pessoa ao vivo na unidade PORTL pode ver, ouvir e interagir com o público sem tempo de espera.

As máquinas também podem ser equipadas com tecnologia para permitir a interação com hologramas gravados de figuras históricas ou familiares que faleceram.

Cada dispositivo PORTL tem 2,1 metros de altura, 1,5 metro de largura e qualquer pessoa com uma câmara e um fundo branco pode enviar um holograma para a máquina – aquilo a que o presidente-executivo David Nussbaum chama de “holoportação”, avança a Forbes.

“Dizemos que, se você não pode estar lá, pode transportar-se para lá”, disse Nussbaum, que anteriormente trabalhava numa empresa que desenvolveu os hologramas de Ronald Reagan, para a biblioteca do ex-presidente, e do rapper Tupac Shakur.

“Somos capazes de conectar famílias de militares que não se veem há meses, pessoas de costas voltadas [dos EUA] ou qualquer pessoa em isolamento social”, acrescentou.

A máquina está disponível a partir de 60 mil dólares (51 mil euros), um custo que Nussbaum espera que seja menor nos próximos três a cinco anos.

O dispositivo pode ser equipado com tecnologia de inteligência artificial da empresa StoryFile, com sede em Los Angeles, para produzir gravações de hologramas que podem ser arquivadas – uma funcionalidade que eleva o seu preço para 85 mil dólares (72 mil euros).

As duas empresas estão a promover a máquina junto dos museus, que podem permitir que os frequentadores conversem com hologramas de uma figura histórica e que as famílias guardem mensagens para as gerações futuras.

“[Você] sente a presença deles, vê a linguagem corporal, vê todos os sinais não verbais”, disse a presidente-executiva da StoryFile, Heather Smith. “Você sente que realmente conversou com esse indivíduo, mesmo que ele não esteja lá”, acrescentou.

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