Estes três T’s são capazes de detetar um negócio milionário

O investidor e fundador da empresa Hootsuite diz que descobrir se um negócio vai ter sucesso não é nenhuma ciência complicada. Segundo Ryan Holmes, o sucesso pode ser definido por três T’s.

Para além de ser fundador de uma das plataformas de gestão de redes sociais mais conhecida, Ryan Holmes é um business angel ativo, contando já, segundo os números da Crunchbase, com mais de 20 investimentos feitos.

De forma a ajudar a comunidade que o segue a empreender e procurar projetos potencialmente interessantes, o CEO do Hootsuite costuma fazer diretos no Facebook onde pede aos seus seguidores que façam pitches das suas ideias de negócio.

Como conta numa publicação do LinkedIn, com esta série de diretos vêm muitas propostas de investimento. E como é que Holmes consegue perceber se vale (ou não) a pena investir num projeto? A resposta prende-se com os três T’s: Talento, Tecnologia e Tração.

Talento

Segundo Holmes, as grandes ideias estão em todo o lado. A maior dificuldade é executá-las. Acompanhado por esta ideia, o business angel tenta sempre analisar primeiro o CEO e a equipa fundadora da start-up.

Para o CEO do Hootsuite, uma das componentes mais importantes num negócio passa pela dedicação total a um projeto, afirmando até que os empreendedores em part-time não o motivam a investir no quer que seja. Acima de tudo, valoriza a capacidade de conseguir executar tarefas.

Compreendendo as dificuldades dos empreendedores, que têm de criar algo de raiz, lembra que também é preciso uma grande equipa por trás, que esteja tão determinada a levar o projeto ao sucesso quanto o CEO. Ou seja, sucesso de uma start-up não é levado a cabo pelo fundador, mas sim por todos os que o acompanham.

Tecnologia

Na componente tecnológica, o business angel admite que é importante os empreendedores saberem lidar com esta parte e que não a vejam como algo secundário.

“Um empreendedor apresenta-me uma ideia sólida de negócio, faz um ótimo pitch e depois conclui a dizer… ‘só preciso de encontrar alguém que lide com a parte tecnológica’”. Este é um exemplo de algo que acontece regularmente ao investidor e que o desmotiva a prosseguir com o investimento.

No mundo online a tecnologia é algo que não pode ser pensado a posteriori e, muitas vezes, é até o ponto de diferenciação entre os negócios que estão inseridos dentro do mesmo segmento. Para Holmes, a tecnologia por trás do projeto é tão ou mais importante do que a ideia de negócio propriamente dita.

Independentemente disto, o business angel não desmotiva os empreendedores que não têm competências tecnológicas aprofundadas. “Sou fã de um modelo de cofundador”, onde quem tratou da parte tecnológica fica com o cargo de CTO (chief technology officer/ diretor técnico) e o CEO (fundador) trata dos restantes departamentos.

Tração

Ter clientes é a maior validação de que um negócio funciona. Se alguém opta por escolher a sua aplicação mobile, serviço ou produto – em vez dos seus competidores – é sinal de que está no caminho certo.

É por isso mesmo que as perguntas mais ouvidas no Shark Tank são em relação aos clientes. Uma resposta positiva a este tipo de perguntas reduz substancialmente os eventuais riscos dos investidores envolvidos

Parte da tração passa também por uma boa campanha de marketing. Arranjar um “veículo” que transporte a sua ideia de pessoa em pessoa é fundamental. Neste campo, Holmes dá o exemplo do que a sua equipa fez para divulgar o Hootsuite. “Quando o Hootsuite estava a arrancar dávamos acesso a novas características se enviassem um tweet aos amigos”. Esta estratégia ajudou a publicitar a plataforma sem ser gasto nenhum dinheiro.

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