Opinião
O Essencialista

Aproveito para partilhar convosco um livro de Greg McKeown – Essencialismo – pois muito se tem falado acerca do “saber dizer não” e de colocar o foco naquilo que realmente interessa.
Essa prática ajuda-nos de certa forma a conseguir alcançar os nossos objetivos e a ser bem sucedidos. Aliás, aplicando esta prática no mundo empresarial, a própria organização fica a ganhar com este paradigma e acaba por perceber o nosso real valor.
O foco naquilo em que realmente trazemos valor ajuda-nos a que entreguemos algo importante para nós (sendo à partida mais estimulante!), acrescentando valor à nossa experiência profissional e consequentemente aumentando o grau de maturidade naquilo que fazemos.
O conceito do essencialismo defende que a gestão do nosso tempo passe a estar nas nossas mãos e a não fugir ao nosso controlo. O desafio é tentar conseguir implementar esta prática na empresa ou organização onde trabalhamos, sendo que a médio ou longo prazo serão alcançados resultados muito positivos. O objetivo é não servir o interesse dos outros (eliminando o “ruído” que isso causa nas nossas vidas), sendo esta uma escolha individual onde possamos gastar o nosso tempo e energia.
Esta técnica ou estratégia de gestão de tempo permite-nos reduzir o stress, e ao mesmo tempo, ganhar tempo e espaço para ter uma liberdade criativa. O autor deste livro defende que, ao invés de fazermos cada vez mais coisas, devemos focar-nos em fazer as coisas certas, investindo a nossa energia naquilo que é o nosso melhor nível de contribuição. Partilho uma das frases que considerei mais interessantes:
“Se não criar prioridades na sua vida, alguém o fará por si.”
As desvantagens de estarmos sempre disponíveis para tudo e todos fazem com que estejamos demasiado ocupados e não pensemos no que realmente queremos da vida, ao invés de criarmos algum espaço para explorá-la. Aliás, para termos algum foco necessitamos mesmo de “escapar” por algum tempo e abstrairmo-nos de tudo o que está à nossa volta. A indisciplinada “procura de mais” e a noção de que podemos ter e fazer tudo é vista como um mito e acabamos por não ter prioridades – o perfil de um Não-Essencialista. Voltando ao perfil do Essencialista, o mesmo defende a aplicação de diversos passos no caminho da execução:
1) Explore e Avalie – compreender o que realmente vale a pena, distinguindo o muito trivial do pouco vital;
2) Elimine – tome a difícil decisão de eliminar aquilo que realmente não interessa, excluindo o muito trivial;
3) Execute – depois de aplicar os passos anteriores, defina um sistema para aplicar as suas decisões, eliminando obstáculos e executando sem esforço.
O objetivo desta partilha é realçar o facto de podermos alcançar o sucesso de uma forma sustentada, fazendo menos e ao mesmo tempo alcançar melhores resultados. A forma como definimos as prioridades nem sempre é a melhor, e há que procurar atenuar a loucura que existe atualmente nas nossas vidas.