Microsoft aumenta apoio a start-ups com novo programa

Nos últimos anos a Microsoft tem apresentado vários programas para start-ups, mas nenhum mostra o comprometimento da empresa norte-americana com o ecossistema como este.

A gigante norte-americana vai abrir um novo programa para start-ups. O investimento total vai ser de cerca de 400 milhões de euros no decurso de dois anos.

Mas não é só o elevado montante de dinheiro que diferencia este programa de todos os outros já realizados. O grande ponto de diferenciação é a ajuda na componente de marketing, algo que faltava ao ecossistema.

Depois de Charlotte Yarkoni, a vice-presidente de crescimento e do ecossistema da Microsoft desde há um ano, ter passado algum tempo com start-ups, apercebeu-se que a maior dificuldade deste tipo de projetos era lançar o produto para o mercado de forma eficaz.

Com este desafio em mente, o novo programa da Microsoft apoia as start-ups com uma iniciativa de promoções de vendas conjuntas. Para além disso, vai dar acesso a tecnologia e a espaços de coworking.

A nova aventura da tecnológica norte-americana no domínio das start-ups veio também mudar alguns dos programas já estabelecidos na empresa.

O primeiro passa por uma expansão do projeto Microsoft Reactor, que inclui espaços de coworking para que os trabalhadores de start-ups, investidores – ou qualquer tipo de entidade ligada a este mundo – se possam encontrar e realizar eventos. Atualmente, estes espaços só estão abertos em Seattle, Redman, São Francisco e Nova Iorque. No entanto, a Microsoft conta abrir em Londres, Berlim, Tel Aviv, Shangai e Pequim em breve.

A grande mudança vai ser feita no programa de aceleração de start-ups, que agora se chama Microsoft ScaleUp. Neste âmbito, os empreendedores vão poder contar com o desejado apoio técnico da equipa da Microsoft em marketing e vendas.

O veículo de investimento da tecnológica, a Microsoft Ventures, que investe em start-ups entre as séries A e D, é a única componente de apoio ao ecossistema que não vai ter alterações significativas.

Recorde-se que o programa da Microsoft em território luso, o Ativar Portugal, tem tido um papel relevante no universo das start-ups portuguesas. No ano passado, em entrevista ao Link to Leaders, o Start Up Lead da Microsoft Portugal, Luís Calado, relembrou o crescente interesse no programa da subsidiária portuguesa da gigante tecnológica: “passámos de uma média de 300 start-ups por ano no programa para mais de 400”.