Opinião
Mas afinal, o que são criptomoedas ou moedas virtuais?

Lembrei-me de trazer este tema de que tanto se fala nos dias de hoje e que tanta expetativa tem vindo a criar… Mas, afinal, o que são criptomoedas ou moedas virtuais?
Ao contrário dos sistemas bancários centralizados, é um meio de troca que utiliza a tecnologia de blockchain (tipo de registo operado numa rede ponto-a-ponto de milhares de computadores, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações, impedindo que uma entidade central promova alterações no registo ou no software unilateralmente sem ser excluída da rede) e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.
O Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada, foi criada em 2009. Desde então, inúmeras criptomoedas têm sido criadas com base no protocolo do Ethereum, principalmente após a onda massiva de Ofertas Iniciais de Moedas (usualmente referida como ICO, do inglês Initial Coin Offering) que ocorreu em 2017.
Em sistemas bancários ou económicos centralizados, os governos controlam a moeda através da impressão de moeda fiduciária. No entanto, os governos não podem produzir unidades de criptomoedas e assim, não forneceram até à data suporte para outras entidades, bancos ou corporações que guardam ativos medidos através de uma criptomoeda descentralizada.
Muitas outras criptomoedas foram criadas, poucas obtiveram sucesso, devido à falta de inovação técnica que as mesmas trouxeram. Em 2014, o Reino Unido fez um estudo acerca das criptomoedas, e que papel elas poderiam desempenhar na economia. O estudo também tinha como propósito definir se a regulação de criptomoedas deveria ser considerada.
Representantes dos bancos centrais afirmam que a adoção de criptomoedas como o Bitcoin é um grande desafio para os bancos e para a economia, havendo o perigo de quando o uso de criptomoedas se tornar mais popular, haverá uma perda da confiança dos consumidores nas moedas fiduciárias.
A legalidade das criptomoedas variam substancialmente de país para país e ainda é indefinida ou está mudando em muitos outros. Enquanto alguns países autorizaram explicitamente o seu uso e troca, outros restringiram ou até baniram.