Maioria dos estudantes universitários não está preparada para o mercado de trabalho
Apenas 11% dos estudantes universitários diz estar preparado para o mercado de trabalho, revela o estudo Connected Student Report.
A Salesforce divulgou esta semana o Connected Student Report, um estudo dedicado a compreender as características particulares da formação superior na preparação dos jovens para o mercado de trabalho e que envolveu a participação de mais de 1300 estudantes universitários e 1300 profissionais com ensino superior de vários países.
Conclui o relatório que 47%dos estudantes escolheram a universidade com base no potencial de uma boa carreira futura, mas que apenas 11% afirmou sentir-se preparado para começar a trabalhar após a universidade. Por outro lado, 48% dos estudantes consideram que as qualificações adquiridas apenas serão úteis na carreira escolhida nos primeiros cinco anos após conclusão da universidade. Junta-se a isto o facto de apenas 12% dos estudantes sentir-se integrado na instituição de ensino superior, o que significa que também estas têm um longo caminho a percorrer na construção de um ambiente acolhedor, salienta a análise da Salesforce.
Do conjunto dos inquiridos destaque-se ainda que 49% esperava obter das universidades competências e conhecimentos relacionados com o trabalho, seja online ou presencialmente. Igual percentagem afirmou que a universidade poderia apoiar na formação contínua ao longo da vida, dando acesso a cursos gratuitos, enquanto 40% dos estudantes disse sentir a necessidade de workshops específicos relacionados com carreiras concretas, para os ajudar a construírem as suas carreiras.
Perante estas conclusões, o relatório sugere que as instituições de ensino superior devem atualizar-se para atrair os estudantes. Além disso, devem estar atentas ao facto de as competências digitais serem cada vez mais importantes, mas menos alvo de formação. Apenas 32% dos estudantes da Geração Z diz sentir-se com os recursos necessários para aprender as competências digitais necessárias para o desenvolvimento profissional.
Outras das conclusões do estudo referem, por exemplo, que: 69% estudantes sentiram que a sua faculdade oferecia uma experiência personalizada adaptada às suas necessidades e interesses individuais; que 49% dos alunos espera obter das universidades competências e conhecimentos relacionados com o trabalho; que um terço dos alunos quer mais planeamento de carreira; que 36% quer mais recursos de bem-estar; e que 40% quer mais ajuda para equilibrar a sua vida académica, profissional e pessoal.
Marie Laxague Rosecrans, CMO, Education and Nonprofits da Salesforce, destaca que “as instituições de ensino superior podem ser poderosos agentes de mudança que fornecem experiências significativas e personalizadas para os seus alunos, durante todas as etapas das suas jornadas, desde o momento em que aceitam a admissão até ao apoio aos alunos ao longo da vida, à medida que procuram desenvolver as suas competências e moldar a economia de diferentes formas”.