Madrid quer apostar na indústria aeroespacial e tornar-se polo tecnológico

O Centro de Incubação de Empresas da Agência Espacial Europeia na cidade espanhola conta com 14 projetos de empreendedorismo com base aeroespacial e 1,2 milhões de euros até 2019.

A presidente da Comunidade de Madrid, Cristina Cifuentes, afirmou que quer fazer de Madrid um “polo tecnológico” no sul de Europa. O anúncio foi feito durante a apresentação do Centro de Incubação de Empresas da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) na cidade espanhola.

A ESA BIC Madrid, iniciativa financiada pela Agência Espacial e pelo Governo autonómico, que destinará a este centro 1,2 milhões de euros até 2019 (metade do custo total), conta com 14 projetos de empreendimento com base aeroespacial e foi apresentada na Real Casa de Correos, sede do Executivo autonómico.

Para Cifuentes, este centro de incubação de empresas permitirá “gerar inovação e riqueza noutros setores” através da indústria espacial, tendo como objetivo transformar Madrid como “polo tecnológico” do sul de Europa.

Madrid concentra 90 por cento do setor espacial espanhol, enquanto a indústria aeroespacial da Comunidade, com um volume de negócio que supera os 4 milhões de euros, representa 57% da faturação total em Espanha.

Segundo explicou Cifuentes, Madrid é uma das poucas regiões do mundo que tem todas as condições técnicas e capacidades para fabricar uma aeronave completa em todas as suas fases e destaca-se nos materiais compostos, impulsionando tecnologias de ponta relacionadas com os drones.

“Queremos trabalhar para seguir na vanguarda do setor espacial” afirmou Cifuentes, que considera que se está no “bom caminho” para “empreender, para criar progresso”.

420 milhões de euros para I&D

O Executivo regional pretende dedicar 2 por cento do PIB à inovação e desenvolvimento em 2020 e investirá 420 milhões de euros até 2020 no Plano Regional de Investigação Científica e Inovação Tecnológica.

A maioria dos 14 projetos, que desde 2015 se desenvolvem no ESA BIC, em curso desenvolve tecnologias de processamento de sinais de satélite e sistemas de navegação, e posicionamento por satélite; aplicações úteis para aeronaves não tripuladas, serviços aeroportuários ou energias renováveis.

O Governo regional salienta ainda o valor para a criação de emprego altamente qualificado ao promover este tipo de iniciativas e destaca ainda o impacto positivo da tecnologia e da inovação no tecido produtivo madrileno.

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