Opinião
Lideranças disruptivas
Numa era definida pela mudança rápida e pela inovação, o papel da liderança tem vindo a evoluir. Os modelos tradicionais de liderança estão a ser desafiados por líderes disruptivos que não apenas navegam nas incertezas, mas, e sobretudo prosperam nelas.
Este artigo de opinião explora as caraterísticas distintas que diferenciam os líderes disruptivos dos lideres mais convencionais. Que hábitos serão e que redefinem a liderança no século XXI? Aponto essencialmente sete apoiados por exemplos reais que ilustram o poder transformador dessas práticas.
A não-convencionalidade: Os líderes disruptivos são não-convencionais por serem conhecidos por abraçar a tomada de riscos com uma ousadia fora dos padrões normais e que os distingue dos seus homólogos tradicionais. O exemplo mais conhecido é Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX. As aventuras audaciosas de Musk, desde carros elétricos até viagens espaciais comerciais, mostram uma abordagem destemida à inovação que perturbou indústrias inteiras.
Estimular a criatividade e inovação: Examinar o sucesso de empresas como a Google sob a liderança de Larry Page e Sergey Brin revela um compromisso em fomentar a criatividade e a inovação. Estes líderes disruptivos defendem uma cultura de trabalho que encoraja o pensamento não convencional, resultando em produtos e serviços inovadores.
Adaptar-se rapidamente à mudança: A capacidade de se adaptar rapidamente à mudança pode ser exemplificada por Reed Hastings, cofundador e CEO da Netflix. Hastings transformou a empresa de um serviço de aluguer de DVDs para um gigante do streaming, demonstrando uma compreensão bem aguçada das preferências do consumidor em constante evolução e avanços tecnológicos.
Desafiar a sabedoria convencional: Jeff Bezos, fundador da Amazon, é um exemplo de um líder que desafia a sabedoria convencional. Bezos “abanou” a indústria do retalho ao priorizar o crescimento a longo prazo em detrimento dos lucros a curto prazo, redefinindo a abordagem das empresas à sustentabilidade e práticas customer-centered.
Liberdade responsabilizada e autonomia: A Atlassian, uma empresa australiana de software, é liderada por líderes disruptivos que priorizam a autonomia dos seus colaboradores. Os cofundadores Mike Cannon-Brookes e Scott Farquhar capacitam e estimulam as suas equipas a prosseguir projetos inovadores, contribuindo para o sucesso da empresa e fomentando uma forte cultura de criatividade.
Aprender com o fracasso: Jack Ma, fundador do Grupo Alibaba, personifica o líder disruptivo que aprende com o fracasso. Ma enfrentou inúmeros contratempos antes de a Alibaba se tornar uma gigante global do comércio eletrónico. A sua resiliência e a capacidade de transformar falhas/eventos negativos em grandes lições moldaram a história de sucesso da Alibaba.
Manter o foco no cliente: A abordagem centrada no cliente é evidente no sucesso da Apple com Steve Jobs. Jobs revolucionou várias indústrias ao colocar uma forte ênfase em entender e satisfazer as necessidades do cliente, levando à criação de produtos icónicos que ressoam com consumidores em todo o mundo.
A liderança disruptiva não é apenas uma palavra da moda, mas uma abordagem transformadora que redefine o sucesso no mundo dinâmico de hoje. Estes sete hábitos são os pilares que sustentam essa mudança de paradigma. Exemplos do mundo real demonstram como líderes disruptivos transformam desafios em triunfos e grandes conquistas, reinventando indústrias inteiras e deixando um impacto duradouro.
E você que tipo de líder é? Já aprendeu com os seus fracassos? O seu foco está realmente no cliente? Estimula a criatividade e inovação dos seus colaboradores, dando-lhes tempo e responsabilidade para ter novas ideias? Como está a adaptar-se à mudança (AI)?
*E Ambassador na Fábric@ Empreendedorismo Município de Seia