Investimento responsável: 5 dicas para começar um portefólio sustentável

No Dia Mundial do Ambiente, que se celebra hoje, o Nordea Asset Management explica os primeiros passos que qualquer investidor deve seguir para investir de forma sustentável.

O investimento responsável consiste na integração de critérios ambientais, sociais e de governação (ESG) nas tomadas de decisão em relação aos investimentos feitos por empresas, venture capitalist ou business angels, por exemplo, defende o Nordea Asset Management, gestor de ativos de origem nórdica que em maio último abriu um hub em Oeiras.

Os Princípios de Investimento Responsável das Nações Unidas (UNPRI), instituídos em 2006, definem critérios que refletem a consciencialização do investidor em torno de temas como a resposta das empresas às alterações climáticas, o modo como estas lidam com os seus vários intervenientes, desde colaboradores a clientes, e as suas políticas de responsabilidade social e corporativa. Face a esta estratégia, nos últimos anos os vários players do mercado de investimento, desde gestores a distribuidores de fundos, têm focado a sua abordagem num investimento mais responsável.

Contudo, selecionar um fundo que seja verdadeiramente “responsável” nem sempre é uma tarefa fácil. Nesse sentido, o Nordea Asset Management sugere cinco questões-chave a ter em conta quando se procura uma solução que combine o lado financeiro com um futuro sustentável.

  1. Definir a motivação e valores a priorizar no investimento. Os valores de cada investidor variam a um nível muito individual. Antes de qualquer investimento, deve haver uma reflexão sobre os valores são fundamentais – esta definição pode revelar-se bastante útil quando se procuram potenciais oportunidades;
  1. Escolher um gestor de fundos com experiência comprovada. É fundamental que o gestor de ativos tenha políticas e práticas de ESG bem estabelecidas na sua abordagem de investimento responsável. Esta experiência faz a diferença entre um gestor que consegue perceber as nuances, de outro que só vê a “preto e branco”. O Investimento Responsável deve fazer verdadeiramente parte do ADN do gestor, e não ser só um slogan para marketing;
  1. Certificar-se que o produto ou empresa em que se investe são credíveis e transparentes. Uma boa forma de assegurar que o potencial investimento cumpre critérios de sustentabilidade passa por procurar relatórios anuais e de ESG detalhados, que abranjam as atividades de envolvimento e métricas-chave. Pode complementar esta informação procurando notícias sobre a empresa.
  1. Conciliar a estratégia de ESG com retornos no investimento. Ser fortemente guiado por valores poderá implicar a exclusão de certos setores ou empresas do seu portefólio, o que poderá ter impacto no desempenho dos investimentos. Uma forma de conciliar estes valores de RI com retornos financeiros é considerar produtos que abracem uma verdadeira integração de ESG: bem desenvolvida, assegurará que os investimentos cumprirão normas rigorosas e que, quando combinadas com propriedade ativa, se tornam numa proposta poderosa para uma mudança positiva;
  1. Procurar investimentos que lideram a mudança. Criar impacto, ou mudança, é uma das características-chave dos critérios ESG. O investidor deve procurar um gestor de investimentos que priorize a propriedade ativa, ou seja, o estabelecimento de diálogo, envolvimento e voto nos produtos ou empresas em que se investe. Este é geralmente considerado um mecanismo eficaz para reduzir os riscos e aumentar os retornos a longo prazo, pelo que vale a pena escolher um parceiro ESG que se empenhe ativamente na mudança.
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