Investidores portugueses identificam 9 start-ups para ficar atento

Faber Ventures, Armilar Venture Partners e Shilling Capital Partners selecionaram nove start-ups portuguesas que devem estar no “radar” nos próximos tempos.

São nove as start-ups portuguesas identificadas por três venture capitalists como as que podem ser as próximas histórias de sucesso no domínio da inovação. O desafio partiu do portal internacional Sifted que consultou os investidores portugueses Faber Ventures, Armilar Venture Partners e Shilling Capital Partners sobre as start-ups, fora dos seus portefólios, que se enquadravam naquele parâmetro. A seleção passa por projetos ligados a inteligência artificial, aos recursos humanos e ao bem-estar financeiro, entre outros setores de atividade.

O dinamismo do ecossistema empreendedor nacional, que de acordo com os dados da Dealroom, citados pela Sifted, fez com que, em 2022, os valores de financiamento das empresas de tecnologia rondassem os 571 milhões de dólares (superando largamente os 356 milhões registados em 2021), motivou esta pequena “ronda” pelo panorama português.

Assim, a equipa da Faber Ventures identificou a Connected, a Paynest e a Sensaway. A primeira é uma plataforma que definiu como objetivo ajudar 6% do mundo sem cobertura celular, fornecendo uma rede de conectividade global acessível, sem complicações e de baixa largura de banda. A segunda consiste numa plataforma de recursos humanos centrada no bem-estar financeiro dos trabalhadores, e que permite, entre outras coisas, que estes solicitem o pagamento do salário antecipadamente. Por sua vez, a Sensaway permite melhorar o desempenho de pisciculturas, detetando anomalias e situações de risco para os peixes e que ponham em causa a produção.

No caso da Armilar Venture Partners, Pedro Ribeiro Santos, partner, apontou a Talka.ai, uma ferramenta que aproveita a análise visual, áudio e de texto para capturar todo o espectro da comunicação em chamadas virtuais, ajudando as equipas a identificar pontos problemáticos do cliente analisando conversas anteriores e transformando-as em dados. Junta-se-lhe a Binedge.ai,  que oferece uma ferramenta de otimização de machine learning que permite que grandes modelos funcionem de forma eficiente em dispositivos de recursos limitados. Desta forma, aumenta a segurança dos dados e a resposta do sistema, ao mesmo tempo que minimiza os custos operacionais. E por último a Reviewpad. Neste caso, a proposta da start-up ajuda os developers e revisores de código a aumentar a sua produtividade e a fundir o código mais rapidamente, ao automatizar rótulos e comentários, por exemplo.

Por fim Pedro Rosa, da Shilling Capital Partners, destaca a Bluberry.ai, uma plataforma de apoio à descoberta de novos clientes e que oferece às equipas de venda orientação em tempo real e automação do fluxo de trabalho em cada etapa do processo de venda, personalizado para as necessidades de cada empresa. A Fabric é outra das escolhidas, tal como a Neuraespaço. A primeira fornece um sistema multiplayer projetado para lidar com a multiplicidade de dados nos desktops e que visa simplificar a pesquisa e o acesso a bookmarks, notas e arquivos. Já a Neuraspace desenvolveu uma plataforma de gestão baseada em IA destinada a resolver o problema dos detritos espaciais, protegendo os operadores de satélite das perdas causadas por colisões e das responsabilidades causadas por deixar detritos em órbita.

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