Há 101 empresas que prometem mais e melhores empregos para jovens
A iniciativa da Fundação José Neves arrancou em janeiro, com 50 empresas aderentes. Seis meses depois duplicaram os participantes e melhoraram os objetivos do “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”.
O pacto para melhorar o emprego jovem nos próximos três anos ficou fechado esta semana, com 101 empresas aderentes. Entre as 51 que aderem agora, a novidade é a entrada de pequenos negócios. Da banca às comunicações, passando pela energia, saúde e serviços, estão presentes vários setores. No total, representam cerca de 76.000 milhões de euros de volume de negócios e 260 mil trabalhadores, dos quais mais de 46 mil são jovens até aos 29 anos.
As 101 empresas signatárias do “Pacto para Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, uma iniciativa promovida pela Fundação José Neves, estimam aumentar a contratação de jovens em 13% até 2026, bem como um crescimento em 9% dos jovens com contrato sem termo em 2026, indica a fundação.
Preveem ainda um aumento de 7% dos jovens com ensino superior com salários acima dos 1320 euros em 2026 e uma subida de 3% dos jovens com ensino superior a trabalharem em funções adequadas ao seu nível de escolaridade.
Outro dos objetivos, segundo o comunicado, é o “aumento de 7% dos jovens que permaneceram nas empresas dois anos consecutivos em 2026”.
Quando questionadas sobre quais as soluções necessárias para ultrapassarem os desafios com vista a atingirem as metas do pacto, as empresas signatárias defendem incentivos fiscais e benefícios para jovens trabalhadores, bem como políticas flexíveis de gestão do tempo de trabalho e de férias ou o reforço e valorização do ensino profissional.
No sentido de garantir emprego de qualidade aos jovens, as empresas propõem “condições salariais dignas e pacotes de benefícios atrativos”, “níveis remuneratórios mínimos de acordo com a qualificação dos jovens e a responsabilidade que assumam nas suas funções” ou “majorar apoios a empresas que investem em contratação permanente”.
Uma maior proximidade entre o mundo empresarial e a educação é outra das soluções apontadas.
Entre as 101 empresas do pacto incluem-se a Altice, a Bial, a Cuf, o BPI, a Brisa, os CTT, a EDP, a Galp, a NOS, a Vodafone, a REN, o Santander, a SIBS, a The Navigator, a Farfetch, a Bosh, a Logoplaste, a TAP, a ANA, o Banco de Portugal ou o Grupo BEL.
A iniciativa conta com o alto patrocínio do Presidente da República, da Fundação José Neves e da Secretaria de Estado do Trabalho, sendo ainda entidades associadas a Associação Business Roundtable Portugal, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Observatório do Emprego Jovem (OEJ).