Ficar sentado durante muito tempo aumenta o risco de morte prematura, diz estudo

Passar muito tempo sentado aumenta em 57% o risco de morrer precocemente. É o que aponta um novo estudo realizado por investigadores da Universidade da Califórnia.

Grande parte da população mundial fica sentada por longos períodos ao longo do dia, seja em frente ao computador a trabalhar ou em frente à televisão em casa. No entanto, uma vez que o corpo humano foi feito para se mover, ficar sentado é bastante prejudicial à saúde e pode levar à morte prematura, alerta um novo estudo citado pela Science Alert.

O estudo da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD), juntou cerca de 5.856 participantes do sexo feminino com idades entre os 63 e os 99 anos e através de inteligência artificial os especialistas conseguiram calcular, a partir de um monitor de atividade, quanto tempo as participantes passavam sentadas, em seguida relacionaram esses dados com o risco de morte.

Segundo o estudo, as participantes que ficavam mais de 11 horas por dia sentadas tinham um risco 57% maior de morrer durante o período do estudo do que aquelas que ficavam sentadas menos de nove horas e meia por dia.

Para os investigadores, o exercício físico regular não combate os riscos de ficar sentado por longos períodos de tempo. O risco de morte prematura continua a existir mesmo com maiores quantidades de exercício físico, o que vem a reforçar as conclusões de um outro estudo realizado em 2019 que apontava que fazer mais exercício físico não significava ter menos risco de doenças, como diabetes tipo dois, doenças cardíacas e derrames, que surgem quando ficamos tempo a mais sentados.

Contudo, um estudo realizado na Austrália garante que dar entre 9.000 e 10.500 passos por dia reduz o risco de morte prematura, mesmo em pessoas que ficam muito tempo sentadas.

De acordo com o site de noticias Science Alert, os resultados contraditórios dos estudos podem ser explicados pelo facto de os monitores de atividade terem sido utilizados pelos participantes de forma diferente em cada estudo.

No estudo da UCSD, o monitor de atividade foi usado na anca dos participantes e no estudo australiano no pulso, o que pode levar a estimativas diferentes do tempo sentado. Já o estudo australiano não utilizou nenhum software especial que diferenciasse o estar em pé parado do estar sentado.

Para a Organização Mundial da Saúde, o mais recomendando é que o tempo sentado seja limitado e controlado por períodos de tempo não muito longos.

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