Europa disponibiliza 7,8 milhões para revolucionar tecnologia na saúde

Designado VR Health Champions, o projeto tem por missão acelerar a adoção de tecnologias de Realidade Aumentada (RA) na área da saúde em toda a Europa.

O novo projeto VR Health Champions, com a verba estimada de 7,8 milhões de euros, é cofinanciado pelo instrumento Interregional Innovation Investments (I3) no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, terá três anos e tem como objetivo apoiar PMEs a superar as barreiras de entrada no mercado, clínicas e regulamentares nas regiões europeias menos desenvolvidas e impulsionar o avanço de aplicações de Realidade Virtual e Aumentada (VR/AR).

A iniciativa reúne 18 parceiros de oito Estados-membros da União Europeia, inseridos em nove ecossistemas regionais, que unirão forças para fornecer apoio direcionado a cinco PMEs de destaque – a portuguesa Virtuleap, a Lightspace da Letónia, a MEEVA, Itália, a MedApp e Metaskills, ambas da Polónia -, promovendo a inovação e ferramentas de apoio ao diagnóstico, terapia e cirurgias. O projeto também visa expandir o ecossistema europeu de RA para a saúde através da promoção de ações de transferência de conhecimento e oportunidades de financiamento.

Os cuidados de saúde, refira-se, são o quarto maior setor de aplicação de tecnologias de RA/RV (que representa 11%), têm um grande potencial enquanto promoção de ferramentas de apoio em saúde, em particular no apoio ao diagnóstico, cirurgias e terapias.  E embora as tecnologias RA/RV nos cuidados de saúde estejam ainda numa fase inicial em toda Europa, as oportunidades são vastas.

O projeto VR Health Champions visa capitalizar este facto, reduzindo as barreiras ao mercado, clínicas e regulamentares, centrando o seu apoio em cinco PMEs e contribuindo para a criação de futuras inovações RV/RA no setor.

“O nosso objetivo não é apenas apoiar as 5 PMEs da parceria, mas também escalar a inovação em RA na área da saúde em toda a Europa”, afirmou Cristiana Costa, coordenadora do Projeto no Instituto Pedro Nunes, em Portugal. “Ao envolver PMEs adicionais através de cascade funding, fomentar a colaboração entre setores e alinhar inovações com as necessidades dos utentes e dos prestadores de cuidados, pretendemos permitir uma entrada mais rápida no mercado e um maior impacto nos cuidados aos utentes”, concluiu.

Também Peter Nagy, do EIT Health InnoStars, enfatizou o papel crucial da parceria no impulso desses esforços, especialmente ao superar a lacuna tecnológica entre as regiões menos inovadoras e as mais avançadas da Europa. “Embora os ecossistemas de RV e RA estejam a expandir, as empresas da Europa Central, Oriental e do Sul enfrentam desafios como a limitada conscientização entre os profissionais de saúde e a escassez de talentos qualificados. Através deste projeto, e em colaboração com os parceiros da rede EIT Health, pretendemos as condições de acesso ao mercado, oferecendo apoio direcionado e expertise”, salientou.

Apoiado por uma rede diversificada de unidade hospitalar, centros de investigação, universidades e líderes da indústria de Itália, Letónia, Hungria, Polónia, Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha, o projeto procura desbloquear todo o potencial da RV/RA nos cuidados de saúde.

O projeto é coordenado pelo Instituto Pedro Nunes e cocoordenado pelo EIT Health InnoStars. Entre os principais parceiros contam-se o Klaster Life Science Krakow, a Fondazione Bruno Kessler, a Universidade Médica de Lodz, a Universidade de Tecnologia de Lodz, a Universidade da Letónia e o hospital ULS Coimbra.

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