Esta start-up paga-lhe para não mexer no telemóvel

Quanto é que lhe teriam de pagar para não mexer no seu telemóvel?

A Hold é uma start-up da Europa do Norte que nasceu a partir de um problema comum a grande parte das novas gerações: o uso excessivo do telemóvel ou smartphone.

Qualquer pessoa que tenha de estar 100% focada no seu trabalho sabe que o smartphone é um dos maiores inimigos. A notificação de uma nova mensagem, de alguém que o identificou numa fotografia numa rede social ou de uma simples chamada podem facilmente colocar um travão no seu trabalho.

O modelo de negócio da Hold vem aproveitar-se exatamente disto: da falta de atenção que as pessoas prestam ao que realmente importa. No caso do público-alvo da Hold, o objetivo é ajudar os alunos a focarem-se no estudo. Quanto mais tempo os alunos estiverem sem mexer no telemóvel, mais dinheiro ganham.

De onde sai o dinheiro? Esta é a parte interessante do negócio. A Hold tem marcas como a Coca-Cola e a Microsoft que estão dispostas a pagar para interagir com a sua audiência num novo formato.

Numa altura em que as marcas estão a arranjar novas formas – cada vez mais inteligentes – de se conectarem com a sua audiência, a Hold entra no mercado a disponibilizar exatamente isto. Em troca de não tocarem no telemóvel enquanto estão a estudar, a start-up oferece prémios das marcas que forem parceiras da plataforma.

O projeto nasceu na Copenhagen Business School onde três alunos se aperceberam da quantidade de tempo que passavam em redes sociais como o Instagram, Snapchat e Instagram.

No primeiro ano de lançamento, em 2016, foram entregues mais de 460 mil euros em prémios, que variaram desde cafés grátis a bilhetes de avião.

Este projeto teve o apoio de investidores desde o começo. Ainda em fase seed, a Hold recebeu quase 900 mil euros de investidores, que incluem a Innovation Norway, a London’s Founders Factory e o The Research Council of Norway.

A Hold já está presente em dois grandes mercados: na zona nórdica da Europa, onde já tem 130 mil alunos noruegueses (40% do universo de estudantes), e no Reino Unido. Tendo entrado neste último há relativamente pouco tempo – no início deste ano  –, a start-up espera que ocorra um crescimento orgânico abrupto no resto da Europa, visto que 25% dos estudantes do Reino Unido são estrangeiros.

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