Enging quer reforçar posição na Europa

A start-up de Oliveira do Hospital, especialista em manutenção preditiva, está a planear a entrada na Alemanha, Áustria e Suíça já em 2019

A jovem Enging uma start-up que trabalha em soluções inovadoras de monitorização da condição de ativos industriais, desenvolvidas com um algoritmo próprio, está a ganhar escala mundial. Esta especialista em manutenção preditiva, garantindo maior eficácia e mais poupança para as empresas, já está presente em Espanha, Itália, Reino Unido e Brasil, mas prepara voos maiores para o próximo ano, concretamente com a expansão para os mercados alemão, austríaco e suíço (região DACH). Aliás, revelou em comunicado, já fechou alguns contratos nestes países.

Criada em 2013, a tecnológica surgiu no BLC3 (Campus de Tecnologia e Inovação, em Oliveira do Hospital), e é uma participada da Busy Angels. Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Busy Angels, salientou que “a Enging oferece um produto único no mundo, com grande eficácia na deteção de falhas nos equipamentos, simples e eficaz, já que funciona online e com um interface user-friendly, sem necessidade de técnicos especializados. A tecnologia tem vindo a ser desafiada por algumas das indústrias mais exigentes a nível técnico, passando com distinção todos os testes a que se tem submetido e sendo hoje já uma referência internacional na monitorização preditiva de máquinas elétricas”.

A Enging destaca-se no mercado nacional pelo trabalho com utilities, é um dos grandes players em Espanha, fornecendo soluções para centrais nucleares. Tendo por base as mais recentes tecnologias de Industrial Internet of Things (IIoT), a disponibiliza, assim, soluções não-invasivas que detetam a avarias em motores e transformadores através de uma nova técnica de manutenção preditiva baseada apenas em variáveis elétricas.

“Nos primeiros anos de operação, as vendas para mercados internacionais rondaram os 10%, mas em 2018 já representam 50% e a nossa ambição é chegar a um patamar em que 90% das vendas é para o exterior”, frisou Marco Ferreira, diretor geral e cofundador da Enging.

Nos últimos anos,  esta start-up tem vindo a mais que duplicar as suas vendas anuais e a expectativa é que, em 2019, o volume de negócios supere 1 milhão de euros, com a empresa a perspetivar 70 novos projetos e 20 novos clientes.

A par desta aposta na região DACH, outra das ambições para o próximo ano é chegar ao continente asiático, começando pela Índia, “mercado com grande potencial, não só pela dimensão do país, como pelas inúmeras oportunidades nas diversas áreas industriais onde a Enging atua, nomeadamente em centrais nucleares”, referiu a start-up em comunicado.

Comentários

Artigos Relacionados