Empatia

Empatia. Uma das melhores virtudes que um líder deve ter. Aliás, até vou mais longe e arrisco dizer que a empatia é uma característica essencial ao longo das nossas vidas.

A capacidade de se colocar no lugar dos outros tornou-se numa da mais valias na relação para com o capital humano – esta ferramenta poderosa de qualquer organização no mundo. Liderar pelo exemplo sempre foi fundamental, e se ao mesmo tempo, tivermos a capacidade de criar a empatia necessária para que os outros se sintam em condições de fazer avançar, melhor para todos.

A empatia é transversal a qualquer matéria, cultura ou língua, no entanto, é dever de um líder procurar alguma forma de identificação intelectual para com os outros, e é sua obrigação também procurar expressá-la. Tal como refere Daniel Goleman no seu livro “Leadership: The Power of Emotional Intelligence”, de todas as dimensões da inteligência emocional, a empatia é a mais facilmente reconhecida.

Considero também que um dos principais fatores para reter talentos atualmente nas organizações, é precisamente a relação de empatia entre os líderes das suas organizações para com os mesmos, pois a ligação que nos é possível criar com as nossas equipas, empresas ou departamentos, faz com que sejam criadas condições de trabalho fora do vulgar. E está mais que provado que a remuneração é apenas uma das componentes para reter talentos. Quantos de nós já mudaram de emprego por não terem um líder coerente, atencioso e extraordinário?

Sendo a empatia um fator que ultrapassa línguas e culturas, funcionando como um facilitador neste mundo da globalização, combinar momentos de stress (sim, eles existem!) com alguma boa disposição até se pode traduzir numa recompensa, funcionando como um equilíbrio saudável nas relações no mundo laboral. Empatia é colocarmo-nos no lugar do outro, perceber os seus motivos e razões, bem como aconselhar nas tomadas de decisão, mesmo sabendo que isso nos pode prejudicar. Na prática, empatia é querer saber. É importar-se. É querer saber se realmente está tudo bem com a vida de quem lidamos no dia a dia. O pior que podem fazer é perguntar se está tudo bem e nem sequer ficar para ouvir a resposta.