Opinião
O ecossistema empreendedor no Brasil
Depois de um período turbulento na economia brasileira, o Brasil iniciou o ano com esperança de que dias melhores virão. Como todo brasileiro que tem a fé e a esperança como valores de nascença, assim esperamos.
O presidente Jair Bolsonaro destaca a importância de oferecer formação empreendedora aos jovens para que possam sair da faculdade pensando em abrir uma empresa. Deseja criar um ambiente favorável ao empreendedorismo no Brasil, valorizando talentos nacionais e atraindo talentos do exterior a fim de gerar novas tecnologias, emprego e renda. O novo governo pretende implementar o estudo do empreendedorismo “em todos os cursos” (enfermagem, nutrição, agronomia, odontologia, etc.) nas universidades, para que o jovem possa, assim, transformar o conhecimento adquirido na faculdade em produtos, negócios, riqueza e oportunidades. No programa fica claro de que o objetivo é criar um governo transparente, ético e que faça a diferença na vida de todos. Essa é a esperança dos mais de 208 milhões brasileiros que vivem no Brasil. A ver…
Analisando o ecossistema de start-ups, vale mencionar a radiografia sobre o ecossistema brasileiro de start-ups e o futuro do ecossistema de inovação, realizada pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups) em parceria com a Accenture, divulgada no final de 2018. O estudo mapeou mais de mil start-ups no Brasil, o perfil do empreendedor brasileiro e suas perspetivas sobre o ecossistema. Foi verificado que 73% das start-ups mapeadas no Brasil estão localizadas nas 10 maiores comunidades, 41% delas ainda estão a procurar tração e 44% operam com modelos de serviços (SaaS).
O país já conta com seus primeiros unicórnios e a atenção dos investidores. A expetativa é de crescimento. 69% das start-ups brasileiras possuem faturação anual baixo de R$50 mil, 46% tem até dois anos de constituição. Esses dados revelam que o ecossistema de start-ups no Brasil ainda tem muito para amadurecer e crescer. Entre as 10 maiores comunidades brasileiras estão: Colmeia (Minas Gerais), Manguezal (Pernambuco), San Pedro Valley (Minas Gerais), Capi Valley (Paraná), Red Foot (Paraná), Startup SC (Santa Catarina, Brasília (Distrito Federal), Cariocas (Rio de Janeiro), Rapadura Valley (Ceará), ZerOnze (São Paulo).
Estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará e Paraná lideram o índice de eficiência na geração de start-ups. Cidades como Florianópolis, Chapecó, Tubarão, Itajubá, Joinville, Uberlândia lideram a lista. Fatos que surpreendem brasileiros, portugueses e estrangeiros que, certamente, nunca ouviram falar de algumas dessas cidades, muito menos sequer poderiam imaginar quão empreendedores são seus habitantes. O estudo segue no link abaixo. Fica a sugestão para uma boa leitura para melhor conhecimento do mercado brasileiro.
Por fim, vale mencionar que as inscrições para o 100 Startups to Watch 2019, que seleciona as start-ups mais inovadoras do ecossistema brasileiro, estão abertas até o dia 21 de janeiro. O volume de investimento recebido, a capacidade de execução da equipa fundadora, o potencial de escala da operação e o impacto tecnológico estão entre os principais indicadores que serão analisados pelo ranking.
O STW2019 aponta os negócios mais atraentes para investidores, aceleradoras e programas de corporate venture. Vale a pena ficar à espera dessa lista.
Que 2019 seja um ano de grandes empreendimentos e empreendedores!
Um óptimo ano à todos!