Conheça os países onde as relações dos colaboradores com o trabalho são mais saudáveis
Apenas 27% dos trabalhadores do conhecimento afirmam ter uma relação saudável com o trabalho. A Índia lidera o ranking dos países onde estas relações são mais saudáveis. No extremo oposto encontramos o Japão.
A relação com o trabalho está a colocar em risco a saúde dos profissionais e há dados globais que o comprovam: apenas um quarto (27%) dos funcionários têm uma relação saudável com o trabalho, segundo o HP Work Relationship Index 2023.
O estudo da HP analisou mais de 50 fatores relacionados com as relações dos colaboradores com o trabalho em 12 países, nomeadamente EUA, França, Índia, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Austrália, Japão, México, Brasil, Canadá e Indonésia. No estudo participaram 15.624 entrevistados– 12.012 trabalhadores do conhecimento (cerca de mil em cada mercado); 2.408 decisores de TI (cerca de 200 em cada mercado); e 1.204 líderes de negócios (cerca de 100 em cada mercado).
O Japão é o país que apresenta o menor índice (5%) de funcionários que tem uma relação saudável com o trabalho. Já o país que apresentou o melhor índice no ranking foi a Índia (50%).
Segundo o estudo, a relação é mais saudável em economias emergentes do que em alguns dos mercados mais consolidados.
Os colaboradores afirmam ainda que, quando a sua relação com o trabalho não é como gostariam que fosse, esta influencia o seu bem-estar mental, emocional e físico Em relação à saúde física, 62% dizem que adoptam uma alimentação pouco saudável, não se exercitam tanto, não conseguem dormir bem e ganham peso. Em relação ao bem-estar mental e/ou emocional, 55% apontam que sofrem com a saúde mental, a sua autoestima diminui e sentem que fracassaram e que estão isolados.
Ainda de acordo com o estudo, quase metade (48%) dos trabalhadores estão muito esgotados emocional e fisicamente para realizar atividades e cumprir responsabilidades pessoais. 45% revelam que não conseguem investir em si mesmos e nos seus relacionamentos, e 59% afirmam que perderam o interesse nos seus hobbies e na sua vida fora do trabalho.
Apesar de 27% dos trabalhadores do conhecimento se relacionarem saudavelmente com o trabalho, 32% não têm uma relação saudável com ele e 41% estão numa “zona de risco”, conclui o estudo da HP.
A maioria (76%) das pessoas que não têm relações saudáveis com o trabalho pensa em sair da empresa. Além disso, os trabalhadores que não se relacionam com o trabalho de maneira saudável não estão propensos a apoiar a sua empresa: um quarto (24%) está disposto a recomendá-la como um bom lugar para trabalhar.
Em relação a quanto estão dispostos a receber para gostar mais do trabalho, os trabalhadores do conhecimento considerariam ter um salário mais baixo para ter mais satisfação com o trabalho. 83% dos funcionários estão dispostos a ganhar menos, se isso significar gostar mais do trabalho.
Os mais jovens estão particularmente dispostos a ir além das palavras e ações: 93% dos trabalhadores do conhecimento da Geração Z e 89% da Geração Y estão dispostos a reduzir os seus salários, se isso significar uma melhor relação com o trabalho.
O que se espera do futuro do trabalho? Os líderes das empresas concordam que um novo tipo de liderança é necessário, com 70% a afirmarem que é importante que os líderes tenham inteligência emocional para serem bem-sucedidos.