Conheça o fundo que investe em start-ups lideradas por grupos sub-representados

A Unconventional Ventures, um fundo de capital de risco com sede na Dinamarca, criou um micro fundo que investe em start-ups lideradas por fundadores de grupos sub-representados. Este fundo, o UV PF1, anunciou recentemente o seu primeiro financiamento de 125 mil euros,  assim como as start-ups apoiadas.

Na origem da criação deste mico fundo está uma pesquisa de mercado realizada pela Unconventional Ventures, que concluiu que, dos 2 mil milhões de euros de capital de risco investidos em start-ups nos países nórdicos em 2018, apenas 1% foi destinado a equipas com fundadoras mulheres.

A falta de igualdade na comunidade de investimentos foi documentada na última década, principalmente no que diz respeito à lacuna de investimento de género. Para destacar esta questão, a Unconventional Ventures (UV) realizou sua própria pesquisa, publicada no relatório “Through the Lens of Gender Diversity” , em setembro de 2019.

Para mudar essa realidade, a UV reuniu um um grupo diversificado de 60 investidores, 85% dos quais mulheres com idades entre 16 e 70 anos, de mais de dez países diferentes, que são agora os investidores do fundo UV PF1, assim como outros investidores de capital de risco, business angels, fundadores experientes, executivos, estudantes e reformados. Segundo o EU-Startups, entre os nomes que mais se destacam neste grupo, encontram-se Arlan Hamilton (fundador e managing partner da Backstage Capital), Crowberry Capital e Johan Brand (fundador da Kahoot!).

O primeiro apoio do UV PF1 foi distribuído por start-ups de vários setores, desde fintech, healthtech e femtech:

1. Ceretai:  Fundada por Matilda Kong e Lisa Hamberg, a Ceretai está a desenvolver uma ferramenta para análise automática sobre a diversidade e igualdade no conteúdo nos media.

2. Boost Thyroid: esta start-up foi fundada por Vedrana Högqvist Tabor, Mikael Högqvist Tabor. A Boost Thyroid é uma solução que permite realizar o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de pessoas com doenças autoimunes crónicas.

3. Riteband: Fundada por Linda Portnoff, Anna Ingler e Tone Pedersen. Riteband é um marketplace de música, que possibilita aos artistas obterem financiamento dos fãs e investidores.

4. Panion: Fundada por Melanie Aronson, Panion é uma plataforma social que possibilita pesquisas através de palavras-chave e junta pessoas com interesses, valores e experiências comuns.

5. Progress Me: Fundada por Petronella Gustafsson, o Progress Me é uma aplicação de terapia comportamental cognitiva para apoiar pessoas afetadas por distúrbios alimentares.

6. Equality Check: Fundada por Marie Louise Sunde e Isabelle Kristine Ringnes, a Equality Check é uma plataforma para análises anónimas dos colaboradores sobre a sua percepção de igualdade no local de trabalho.

7. GRIM: Fundado por Carolin Schiemer e Petra Kaukua, o GRIM é um marketplace de frutas e vegetais orgânicos “feios” e excedentários.

A UV  tem como objetivo identificar e apoiar os fundadores que criam empresas que pretendem encontrar uma solução para problemas mundiais. Mas há um requisito: os fundadores deverão ser negligenciados ou subestimados pela maioria dos investidores tradicionais para poderem ser aceites pelo fundo.

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