Conheça alguns dos termos mais usados no mundo das start-ups

Apesar de já ter entrado no vocabulário nacional, o termo start-up encerra muitos conceitos próprios da atividade e que, por vezes, levantam dúvidas. Eis alguns dos termos utilizados neste universo empresarial.

Tal como em muitas outras atividades profissionais, também no ecossistema de start-ups temos um jargão próprio, maioritariamente com termos em inglês. Seed, valuation, ronda, MVP ou unicórnio são apenas alguns dos muitos exemplos que fazem parte do dia a dia dos empreendedores, e de outros players ligados ao mundo das start-ups. Vocabulário essencial para quem se movimenta neste setor e quer estar preparado para negociar com os seus pares. Vejamos alguns desses termos e o que significam.

Seed (ou semente) é o termo que designa o capital inicial de uma start-up. O primeiro investimento é essencial para poder desenvolver o produto ou serviço em causa e validar o negócio.

A origem mais comum deste capital são os business angels, os fundos de venture capital ou aceleradoras, entre outros. Os primeiros são pessoas que investem capital próprio em start-ups em estágio inicial e que, a par do dinheiro, oferecem mentoria e networking. São aliados importantes na validação do negócio. Já os fundos são entidades que investem em start-ups com potencial de rápido crescimento e que, regra geral, entram em rondas de Série A, B ou superiores. Por sua vez, aceleradoras disponibilizam pequenos aportes financeiros, combinados com programas de mentorias intensivas. Tratam-se de programas que ajudam as start-ups a validar as suas ideias e a prepararem-se para captar investimentos maiores.

O bootstrapping acontece quando a start-up é financiada apenas com recursos próprios do empreendedor, sem recurso a investimentos externos. Já o crowdfunding é uma modalidade de financiamento coletivo em que várias pessoas contribuem com pequenas quantias para viabilizar um projeto ou negócio.

As rondas de investimento são as diferentes fases /estágios da vida de uma start-up, cada uma delas com objetivos específicos. Indicam o nível de maturidade da start-up e o foco dos recursos captados. Assim, temos a Série A – investimento para crescimento inicial, como expansão da equipa e marketing; Série B – visa obter recursos para escalar as operações e atingir novos mercados; e a Série C– consolidação do mercado, desenvolvimento de produtos e internacionalização.

Valuation (avaliação de mercado), consiste na estimativa do valor financeiro de uma start-up. Esta avaliação é importante nas rondas de investimento para determinar a participação societária oferecida aos investidores.

burn rate está relacionado com o controle de gastos em start-ups e mede a velocidade com que uma start-up consome os seus recursos financeiros. É um indicador importante para ajudar a calcular o tempo restante antes que o dinheiro de caixa acabe, um fator crítico para empresas que ainda não geram lucro.

MVP é a sigla para Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável), ou seja, uma versão simples de um produto que pode ser usada para testar a sua aceitação no mercado. É muito usado para validar hipóteses e recolher feedback, com vista à melhoria do produto.

Unicórnio são conhecidas como as start-ups bilionárias. É a designação que se dá às start-ups avaliadas em mais de mil milhões de euros, e simboliza projeto que teve um sucesso excecional.

Exit é o termo usado para designar o momento em que fundadores ou os investidores vendem sua participação na start-up, geralmente através de fusões, aquisições ou IPO.

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