Como podem os líderes capacitar os colaboradores? Microsoft aponta 4 dicas.
Em tempos de incerteza, os profissionais estão prontos a usar software que os ajude a codificar as soluções e ferramentas de inteligência artificial que lhes permita focar no que é importante, conclui inquérito da Microsoft que aponta os quatro princípios-chave que ajudam os líderes a capacitar os colaboradores.
Cadeias de suprimentos “desgastadas”. Ventos económicos contrários. Expectativas a mudarem em torno do trabalho híbrido. As rápidas transformações dos últimos anos alteraram a forma de trabalhar e exigiram às organizações ferramentas que permitam aos colaboradores trabalhar com mais eficiência e flexibilidade.
Para fazer um balanço do que os colaboradores pensam sobre as ferramentas de produtividade que utilizam e as que necessitam para ter sucesso no futuro, a Microsoft inquiriu 2.700 colaboradores e 1.800 decisores empresariais nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão.
Os resultados do inquérito apontam para quatro princípios-chave que podem orientar os líderes empresariais.
1. Capacitar as pessoas para terem uma voz ativa sobre novas iniciativas de transformação digital
87% dos colaboradores acreditam que a transformação digital é, atualmente, mais importante do que nunca, mas apenas metade (54%) afirmam ter participação nas decisões neste processo. Os inquiridos revelam ainda que as suas equipas beneficiariam mais com soluções que os ajudassem a ser mais ágeis (84%), a tornar a informação mais acessível (86%) e a automatizar tarefas (86%).
De acordo com os resultados do inquérito, há uma lacuna entre o que a liderança e os departamentos de TI consideram ser investimentos prioritários em software e ferramentas empresariais, e as necessidades reais da força de trabalho.
Enquanto 84% dos decisores empresariais afirmam que os projetos de transformação digital continuam a ser uma prioridade, 61% dos colaboradores afirmam que não são parte integrante desse processo e 70% afirmam que as políticas organizacionais limitam a sua capacidade de explorar ou implementar proativamente soluções digitais.
O resultado é uma desconexão, aponta a Microsoft. As pessoas querem que estas novas iniciativas de transformação digital passem a ser lideradas por toda a organização, com 85% dos inquiridos a concordar que as pessoas, dos diferentes departamentos, devem estar envolvidas.
O que devem os líderes fazer nestas situações? Segundo a Microsoft, podem envolver as pessoas nos investimentos empresariais digitais, criar um ciclo contínuo de feedback para inspirar a excelência e acelerar a adoção de ferramentas de low-code para impulsionar a inovação e ajudar os colaboradores a adquirir novas competências
2. Utilizar aplicações de colaboração para permanecer conectado e partilhar informação durante o fluxo de trabalho
O trabalho flexível veio para ficar. Dois terços (66%) dos colaboradores inquiridos têm a opção de trabalhar na empresa ou à distância, com praticamente todos (91%) a trabalhar à distância pelo menos um ou dois dias por semana. Tendo em conta este cenário, 85% dos colaboradores citam as ferramentas de colaboração como uma das partes mais necessárias na transformação digital da sua empresa.
No entanto, 59% dos colaboradores sentem que as ferramentas que utilizam para colaborar não se alinham com a forma como as suas equipas preferem trabalhar. De acordo com 64%, as ferramentas não se integram nos processos quotidianos, o que dificulta a colaboração entre equipas, e quase três em cada quatro (72%), gostariam que as ferramentas que utilizam para colaborar fossem compatíveis entre si.
Cerca de 9 em cada 10 inquiridos (86%) referiu a criação de uma plataforma ou portal único e centralizado onde as equipas pudessem colaborar de múltiplas formas como solução.
Nestas situações, a Microsoft aconselha os líderes a considerar uma auditoria às atuais ferramentas de colaboração da sua organização para identificar lacunas e áreas a melhorar, a desenvolver KPIs, juntamente com os colaboradores, para a ferramenta de colaboração ideal, a centralizar e organizar recursos para que as pessoas utilizem dados consistentes e atuais para uma melhor eficiência e integração, e a incorporar recursos de colaboração durante o fluxo de trabalho para que as pessoas trabalhem em conjunto de forma eficiente e acedam a informação contextual de outros sistemas.
3. Acelerar a inovação, disponibilizando a qualquer pessoa ferramentas de low-code
Com projetos de TI em atraso ou subfinanciados, as ferramentas no-code e low-code ganharam maior destaque, permitindo às pessoas automatizar processos ou mesmo criar as suas próprias aplicações com poucos ou nenhuns conhecimentos de código.
Mais de 3 em cada 4 inquiridos (77%) gostariam de ter mais acesso a ferramentas ou plataformas no-code e low-code para construir soluções digitais que os ajudem a alcançar os seus objetivos e 84% acreditam que a capacidade de criar aplicações personalizadas nas suas ferramentas de colaboração os ajudaria a colaborar eficazmente.
Além disso, quase 9 em cada 10 pessoas com acesso a ferramentas de low-code afirmaram que estas ferramentas ajudam a organização a automatizar tarefas repetitivas ou de menor importância, a reduzir custos, a melhorar as capacidades analíticas, a gerir melhor os dados e a fomentar a inovação.
Desenvolver uma agenda de aprendizagem para a liderança em ferramentas low-code/no-code para encorajar uma adoção mais ampla destas ferramentas e criar um centro de excelência para proporcionar formação e capacitação em ferramentas de code/no-code são algumas das medidas que a tecnológica considera que os líderes podem adotar.
4. Ajudar as pessoas a sentirem-se mais realizadas e envolvidas, implementando IA e automatizando tarefas
Quase 9 em cada 10 dos inquiridos (85%) querem mais recursos de automatização integrados com ferramentas de colaboração, o que, na sua opinião, os ajudaria a despender mais tempo no trabalho que realmente importa. No entanto, apesar destes tipos de benefícios não serem aproveitados por quase um terço (30%) dos colaboradores, a grande maioria (89%) sente-se mais realizada porque pode dedicar tempo ao trabalho que realmente importa. Também concordam que ter a capacidade de automatizar tarefas os ajuda a trabalhar mais facilmente com outras equipas (88%) e confiam nas funcionalidades de inteligência artificial para melhorar a resolução de problemas (54%).
Para ajudar as pessoas a sentirem-se mais realizadas e envolvidas, a Microsoft sugere que os líderes avaliem as capacidades digitais da sua empresa para determinar onde a IA e a automatização podem melhorar os processos empresariais, tomem medidas para consolidar dados anteriormente armazenados em silos, capacitando as equipas a aceder facilmente e a partilhar informação, e a explorar ferramentas alimentadas por IA.