Comissão tem 3 mil milhões de euros para investir em projetos inovadores de tecnologias limpas

Para concretizar o plano REPowerEU e acelerar a independência energética da Europa em relação aos combustíveis fósseis russos, a Comissão Europeia vai investir 3 mil milhões de euros em projetos inovadores que privilegiem tecnologias limpas.
A Comissão Europeia lançou o terceiro convite à apresentação de propostas para projetos de grande escala no âmbito do Fundo de Inovação da UE, um desafio que visa fomentar a implementação de soluções industriais para descarbonizar a Europa.
Com um orçamento de 3 mil milhões de euros, o convite tem especial incidência nas prioridades do plano REPowerEU e financiará projetos que se enquadrem em quatro tópicos concretos. A começar pela descarbonização em geral – que tem um orçamento de mil milhões de euros – e através da qual procura projetos inovadores no domínio das energias renováveis, das indústrias com utilização intensiva de energia, do armazenamento de energia ou da captura, utilização e armazenamento de carbono, bem como de produtos que substituam produtos com elevada intensidade carbónica (nomeadamente combustíveis hipocarbónicos para os transportes, incluindo os marítimos e aéreos.
Segue-se o tópico das Inovações na eletrificação da indústria e no setor do hidrogénio (com mil milhões de euros de orçamento). Aqui procuram-se projetos inovadores para métodos de eletrificação que substituam o consumo de combustíveis fósseis na indústria, bem como a produção de hidrogénio renovável ou a utilização de hidrogénio na indústria. Na produção de tecnologias limpas (700 milhões de euros) estão em causa projetos inovadores no fabrico de componentes, assim como de equipamento final, para eletrolisadores e células de combustível, energias renováveis, armazenamento de energia e bombas de calor.
Por último, com um orçamento de 300 milhões de euros, o tópico de Projetos-piloto de média dimensão refere-se a tecnologias disruptivas ou revolucionárias que visem a descarbonização profunda em todos os setores elegíveis do Fundo.
Todos os projetos candidatos a investimento deverão provar o valor da inovação num ambiente operacional, mas não se espera que atinjam a demonstração em grande escala ou a produção comercial.
Serão avaliados em função do nível de inovação, do potencial para evitar emissões de gases com efeito de estufa, da maturidade operacional, financeira e técnica, do potencial de expansão e da relação custo-eficiência. As candidaturas podem ser efetuadas até dia 16 de março de 2023, para projetos localizados nos Estados-membros, na Islândia e na Noruega.