Comissão Europeia quer promover empreendedorismo nas comunidades rurais

Contribuir para fomentar a investigação e a inovação nas comunidades rurais e ajudar a criar um empreendedorismo mais inovador, suscetível de atrair mais jovens talentos. Este é o objetivo do Fórum Startup Village.
A Comissão Europeia lançou esta semana o Fórum Startup Village, um projeto que tem como objetivo recolher informações sobre o potencial das start-ups rurais e os desafios que estas enfrentam. Este Fórum pretende ser um espaço aberto em que as instituições e os intervenientes locais, regionais, nacionais e europeus se possam reunir, discutir e definir ações que promovam uma inovação gerada pelas start-ups nas zonas rurais. No fundo, dar a conhecer as start-ups rurais inovadoras, os tipos de inovações a que se dedicam, as lacunas a nível dos serviços que tendem a encontrar nos ecossistemas de inovação e a forma de os reforçar no futuro.
Em linhas gerais, o Startup Village assume como objetivos apoiar o desenvolvimento de ecossistemas de inovação rural; identificar e analisar os fatores que desencadeiam a inovação nas zonas rurais; estabelecer contactos entre os intervenientes na inovação rural em toda a UE, com destaque para as start-ups; e estabelecer uma definição comum do conceito de “startup village” e salientar a sua relação com o conceito de “aldeia inteligente”.
Dubravka Šuica, vice-presidente responsável pela Democracia e Demografia, afirmou que “o Fórum Startup Village assinala um novo começo para as zonas rurais e reflete a importância que a Comissão atribui ao apoio a estas zonas, porque é nelas que a transição demográfica é mais visível”. Frisou ainda que pretendem “contribuir para fixar nesses territórios os talentos mais brilhantes e promissores da Europa e para criar prosperidade à medida que eles transformam as suas start-ups em verdadeiros motores a longo prazo da nossa economia e tiram simultaneamente partido do potencial natural das zonas rurais da Europa”.
A comissária responsável pela Coesão e Reformas, a portuguesa Elisa Ferreira, lembrou que a “a política de coesão desempenha um papel fundamental a nível da construção do ecossistema de inovação rural através de investimentos nos centros de investigação, nas instituições académicas e na banda larga, e do apoio prestado às empresas rurais para que possam inovar, beneficiar da digitalização e tirar partido dos pontos fortes das zonas rurais e remotas no âmbito das respetivas estratégias de especialização inteligente. Estes investimentos reforçam também o papel das zonas rurais no processo de transição para uma Europa verde e sustentável”.