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Leonor Freitas

Leonor Freitas

A vida de Leonor Freitas confunde-se, desde a primeira hora, com a terra e as propriedades da família que a viram nascer. Nasceu em Fernando Pó, fez a escola primária na mesma localidade, o ensino secundário em Setúbal e os estudos superiores em Lisboa no Instituto Superior de Serviço Social. Apesar de uma carreira profissional bem-sucedida na área de saúde desde 1976, sempre acompanhou de perto o trabalho na terra desenvolvido pelos seus familiares e muito consolidado pelos seus pais. Assim, após mais de 20 anos de carreira de técnica superior na função pública, assume a vitivinicultura da família e dá continuidade ao negócio com a mãe Ermelinda. O objetivo era manter o que já existia (a vinha e uma adega tradicional) e continuar a vender o vinho a granel sem marca. E assim foi até 2002 ano que em que passa a engarrafar toda a produção com as suas marcas próprias. Hoje possui 550 ha de vinhas, tem portefólio mais de 29 castas nacionais e internacionais, e marcas como Terras do Pó, Dona Ermelinda e Quinta da Mimosa, mais de 1000 prémios a nível nacional e internacional, e é a maior entidade empregadora em Fernando Pó. O reconhecimento do seu trabalho reflete-se nos prémios e condecorações atribuídos ao longos dos anos: prémio de Inovação e Empreendedorismo, Comenda de Ordem de Mérito Agrícola, medalha Municipal de Mérito Grau de Ouro pelo Município de Palmela, Prémio Mercúrio – Prestígio, pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal pela Escola de Comércio de Lisboa, Prémio Mulher Empresária.

“Negócios de família estão bons e recomendam-se”

A maioria dos negócios em Portugal são de família, dividem-se em pequenas, médias e grandes empresas. O negócio de família não tem de ser rigorosamente pequeno, prova disso são as inúmeras empresas que em Portugal assim tem crescido, como a Amorim, a Delta (Nabeiro), a Sogrape, a José Maria da Fonseca, enfim são inúmeros os casos a nível nacional e mundial.

As vantagens e singularidade da liderança no feminino

A liderança no feminino é, amiúde, presa num conflito esmagador. Devido a estereótipos usuais, as mulheres em cargo de responsabilidade são muitas vezes consideradas como muito boas profissionais e vistas como pouco femininas. Por outro lado, se são consideradas como sendo femininas então são desvalorizadas enquanto líderes. i.e., se és feminina não és um verdadeiro líder, se o és então não serás feminina.