Quando uma grande percentagem das pessoas que estão a nossa volta reconhece em nós uma determinada característica ou capacidade, começamos naturalmente a ser conhecidos por isso e vemos relacionado o nosso nome a essa/s característica/s.
Já passaram duas décadas desde que, pouco depois de chegar a Portugal, fui abrir uma conta num banco (que já não existe) e, dias depois, recebi em casa um cartão de crédito onde estava escrito ENG BELÉN DE VICENTE.
O Carlos tinha um curriculum bem estruturado e interessante. Cumpria os requisitos da função para a qual estávamos a recrutar. Passou o filtro para ser entrevistado. Tínhamos que ser muito seletivos nos candidatos a chamar para a entrevista. Ele vinha preparado para contar a sua história, mas a entrevista foi um fracasso.
O tema do confronto entre a tecnologia e a humanidade é antigo. A dicotomia entre as vantagens da evolução que a tecnologia traz, e o medo do ser humano ser substituído, nas suas funções, por uma máquina tem sido amplamente discutida, tornando-se mais crítica nas áreas onde a presença do fator humano é relevante e, muitas vezes, basilar.
Já Charles Darwin o disse muito claramente: “It’s not the strongest of the species that survive, nor the most intelligent that survives. It is the one that is the most adaptable to change”. Todos nós, empreendedores, sabemos que essa mistura entre resiliência e flexibilidade é essencial para a nossa sobrevivência.