Casais portugueses são dos que se sentem mais à vontade para falar de dinheiro na Europa

Os casais portugueses são dos que falam mais e discutem menos sobre dinheiro na Europa. 48% opta por contas conjuntas para gerir as despesas, revela novo estudo.

Segundo um estudo realizado pela Revolut, com uma amostra de 21 mil pessoas na Europa, incluindo mil inquiridos em Portugal, a transparência financeira é um fator determinante para relações saudáveis.

Os resultados do estudo indicam que Portugal está entre os países onde os casais se sentem mais confortáveis para falar sobre dinheiro. Cerca de 74% dos portugueses acreditam que a transparência financeira fortalece a relação, um percentual idêntico ao da Espanha. A Grécia e a Itália seguem de perto, com 72%. Em contrapartida, Letónia e República Checa são os países onde os casais têm mais dificuldade em abordar o tema.

No que toca ao género, tanto homens quanto mulheres se sentem confortáveis ao discutir questões financeiras com o parceiro, sendo que os homens apresentam uma ligeira vantagem (75% vs. 72%). Entre as diferentes faixas etárias, os jovens entre 18 e 24 anos lideram essa abertura, com 83% afirmando que falam livremente sobre dinheiro com a cara-metade.

Apesar da abertura para o diálogo, as discussões sobre dinheiro ainda acontecem. Em Portugal, 32% dos casais admitem ter divergências financeiras ocasionais, mas sem gravidade. Outros 31% afirmam que raramente discutem sobre dinheiro, pois partilham os mesmos valores financeiros. No extremo oposto, na Roménia, apenas 11% dos inquiridos afirmam ter essa sintonia financeira com o parceiro.

O estudo também analisou a relação entre idade e conflitos financeiros. Curiosamente, os grupos que mais discutem sobre dinheiro em Portugal são os jovens de 18 a 24 anos e os adultos acima dos 65 anos. Por outro lado, os millennials e a geração X demonstram maior estabilidade na gestão financeira do casal.

A pesquisa revelou que 48% dos casais portugueses optam por contas conjuntas para gerir as despesas. Os homens demonstram maior preferência por essa solução (59%) em comparação com as mulheres (39%).

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