Brasil cria parque tecnológico e quer atrair start-ups internacionais

Tornar-se um centro de conhecimento e inovação que abrange setores como TIC, biotecnologia e saúde. Este é o desafio do Biotic que também abre as portas a empresas internacionais.

Atrair empresas tecnológicas, start-ups, instituições de ensino e  multinacionais é o propósito do parque tecnológico de 12 mil metros quadrados recentemente inaugurado, na região administrativa de Brasília.

Chama-se Parque Tecnológico Biotic, envolveu um investimento de 40 milhões de reais (aproximadamente 9 milhões de euros), promete albergar 1200 empresas das áreas de tecnologia informação e comunicação (TI) e biotecnologia, e afirma ter potencial para criar até 25 mil empregos diretos. O projeto tem o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) que, desta forma, pretende dinamizar a economia da região com a instalação de empresas ligadas à inovação, dando, assim, os primeiros passos para que a cidade se destaque pela inovação. A construção do edifício foi baseada num conceito que estimula a utilização de tecnologias sustentáveis de sistemas mais limpos. Também possui um espaço de coworking aberto ao público.

Instalada numa região que lidera o ranking da elite intelectual brasileira, já que concentra o maior número de mestres e doutores, praticamente o dobro do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição. Esta aposta reflete o potencial, e a intenção, da cidade em tornar-se um centro para a nova geração de conhecimento. “Vamos associar duas áreas que são fronteiras do conhecimento, a biotecnologia e a tecnologia da informação, para criar uma bioeconomia que é o futuro e deve trazer muita riqueza para Brasília”, declarou governador Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Já estão instaladas no Parque Tecnológico uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB) e os datacenters do Banco do Brasil e da Caixa Económica Federal. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) também vai marcar presença neste polo tecnológico, com o SebraeLab, um novo espaço da instituição dedicado a estimular a criatividade, inovação, geração de conhecimentos e negócios, tal com o Instituto Federal de Brasília (IFB), assim como outras instituições de apoio à ciência e tecnologia e empresas de base tecnológica.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), âncora do Biotic, também vai instalar ali o Núcleo de Inovação Tecnológica. Numa primeira fase, o espaço vai incrementar a interação com start-ups e empreendedores interessados em inovação agropecuária. À medida que o parque tecnológico se consolidar, a empresa abrirá a sala de inovação e a oficina de negócios, espaços de discussões sobre modelos de negócios e delineamento de novas estratégias para promoção e desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Um projeto que os seus responsáveis definem como inédito, inovador e contemporâneo e que querem tornar uma montra de pesquisa e inovação mundial.

Comentários

Artigos Relacionados