Biovilla faz campanha na GoParity para captar investidores

A cooperativa para o desenvolvimento sustentável na Arrábida procura novos investidores e cooperantes.

A Biovilla, uma cooperativa para o desenvolvimento sustentável no Parque Natural da Arrábida, quer aumentar a sua capacidade de regeneração, ou seja, de reverter os danos causados ao ambiente naquela região do país, e para tal iniciou uma campanha de financiamento que pretende atingir 1 milhão de euros.

Com o propósito de incluir a sociedade civil neste projeto, desse total,  200 mil euros vão ser financiados através da GoParity, que vai recorrer aos investidores da plataforma para emprestar capital ao projeto, permitindo participações desde cinco euros. Ao retorno mensal é acrescido uma taxa de juro de 4,75% do investimento realizado, após o período de carência de um ano. Qualquer pessoa, desde que maior de idade, pode inscrever-se na plataforma e participar.

Além dos juros, os investidores que financiarem o projeto em mais de dois mil euros, poderão converter esse montante em títulos de capital na Cooperativa Biovilla, uma vez que se trata de um empréstimo conversível (com opção de conversão em títulos de capital social da Biovilla).

Refira-se que um título de capital corresponde a 500 euros, e que são necessários quatro títulos, ou seja, 2 mil euros para que se possam tornar cooperantes. Os investidores que tomem essa decisão juntar-se-ão ao grupo dos 11 atuais cooperantes da Biovilla. Os investidores podem, ainda, usufruir desta comunidade através de descontos em produtos e serviços, noites de alojamento e possibilidade de co-living em algumas alturas do ano.

Esta será, assim, a primeira campanha de dívida conversível em títulos de capital, descontos e vantagens na cooperativo feita por esta plataforma de financiamento colaborativo,

Recorde-se que a Biovilla está instalada no Parque Natural da Arrábida e foi criada há mais de 11 anos com a missão de impulsionar uma cultura de regeneração que torne o ecossistema mais saudável, harmonioso e justo. Nos 55 hectares que a cooperativa ocupa estão inseridos um Turismo de Natureza, uma horta orgânica, um mercado biológico, espaços para eventos e um programa de apoio à criação de auto-emprego.

Agora a cooperativa está a investir na expansão das instalações, aumentando o número de quartos e área interior do edifício principal para refeições e formações, acrescentando um reciclador de águas cinzentas, um centro de atividades ao ar livre e um centro de atividades para as crianças assente nos princípios da permacultura. Com este projeto, a Biovilla espera ter capacidade para receber mais de dez mil pessoas por ano.

Para esta etapa, a Biovilla já angariou cerca de um milhão de euros nesta segunda ronda de financiamento onde participaram o Turismo de Portugal, os programas CO3SO+, Portugal Inovação Social e o Banco Montepio, com grande parte do valor obtido a fundo perdido.

“Queremos crescer para que mais pessoas tenham acesso a estas práticas e possam fazer a sua parte na regeneração deste ecossistema global que é casa de todos.” esclarece Bárbara Leão de Carvalho, cofundadora da Biovilla.

Segundo Nuno Brito Jorge, CEO da plataforma de financiamento, “esta colaboração com a Biovilla é natural para a GoParity, uma vez que se trata de duas organizações que valorizam a democracia e o poder dos cidadãos para fazer boas ações, neste caso, para a sustentabilidade acontecer. A utilização da GoParity e deste modelo inovador de dívida conversível, bem como o tipo de atividades que serão implementadas, são uma prova clara do compromisso da Biovilla para com as pessoas, o planeta e a inovação”.

Comentários

Artigos Relacionados