O que pensam os executivos europeus sobre a GenAI? A BCG X responde.

A lacuna de IA generativa entre a Europa e a América corre o risco de aumentar se as empresas europeias não integrarem rapidamente novas tecnologias, salienta um dos mais recentes relatórios da BCG X.

A unidade tech do Boston Consulting Group, a BCG X, realizou um estudo em que constatou que apesar das empresas europeias estarem a investir em GenAI, ou seja, em inteligência artificial generativa, acabam por se revelar menos otimistas quanto à produtividade, comparativamente ao que se passa com empresas de outras geografias, como, por exemplo, nos Estados Unidos ou na Ásia-Pacifico.

Da pesquisa efetuada pela empresa do BCG Group a 1.406 executivos, a nível mundial, resultou que a lacuna de talentos em inteligência artificial generativa é uma evidência. Além de que as empresas europeias parecem dar menos importância à melhoria das competências dos colaboradores sobre a forma de utilizar a tecnologia.

Por esta razão, os executivos europeus cautelosos correm o risco de ficar atrás das empresas americanas como frisou Sylvain Duranton, líder global do BCG X à Sifted. “A magnitude do benefício que se pode obter com o GenAI é tão grande que ninguém pode correr esse risco. Seja qual for o setor, se você for cauteloso, perderá terreno”, afirmou.

Numa análise sucinta ao relatório, destacam-se algumas conclusões acerca da forma com os executivos europeus veem esta nova ferramenta. Vejamos: um em cada 10 executivos em todo o mundo afirma que a GenAI é uma prioridade tecnológica para 2024. Para tal, salienta Sylvain Duranton, as empresas necessitam de criar um plano de como querem estar daqui a cinco anos e é por isso que os CEO devem estar envolvidos no processo. As empresas devem repensar como podem ser mais fortes que os concorrentes.

Por outro lado, os executivos esperam um aumento na produtividade entre 10% a 20% para todos o que usam GenAI no dia a dia, e estimam aumentar em cerca de 85% o investimento em IA e em GenAI. Haverá um impacto transformacional maior em funções específicas como o atendimento ao cliente, a compliance e a manutenção.

Da análise da BCG X ressalta ainda que os executivos europeus parecem menos otimistas quanto ao potencial de produtividade da GenAI. Apesar ado investimento em GenAI ter aumentado na Europa, a sua implementação e expansão está atrasada. Por isso as empresas, europeias precisam de envolver todos os departamentos, e não apenas as equipas tecnológicas. O responsável da BCG X salienta que quem quer ganhar dinheiro com a GenAI, 30% do dinheiro e dos recursos deverão ser para a tecnologia e o resto para mudar as pessoas e a organização. “É um projeto transformador”, assegura.

Os executivos também enfrentam outro tipo de problemas ao integrar o GenAI já que se vive uma explosão de empresas de software a oferecer a melhor e mais recente tecnologia, o que dificulta a escolha, tal como a quadro jurídico da UE que ainda não está estabilizado, o que não incentiva as empresas a agirem rapidamente.

De qualquer forma, serão os pioneiros a colher os benefícios do GenAI mais rapidamente. Aprenderão como unir a tecnologia e os processos e aprimorar as skills das suas equipas, conclui Sylvain Duranton.

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