Bem-estar emocional está no top de prioridades dos consumidores

Um estudo do Center for Consumer Well-Being and Retail Inovation, da Católica-Lisbon, revela que 41,5% dos consumidores prioriza o bem-estar emocional.

O bem-estar emocional conquistou um lugar de destaque na vida dos consumidores portugueses, de acordo com um estudo divulgado pelo Center for Consumer Well-Being and Retail Inovation, da Católica Lisbon School of Business & Economics (CLSBE).

Para cerca de 45,1% dos consumidores a prioridade nas suas vidas é o bem-estar emocional, contra 21,2% dos que destacam o bem-estar físico. Além disso, cerca de 40% dos consumidores estão dispostos a investir entre 10% a 30% do rendimento no seu bem-estar, enquanto 34,9% revela disponibilidade para investir até 10% e 23,5% mais de 30%.

Feito em parceria com a Behavioral Insights Unit da CATÓLICA-LISBON, este estudo pretende avaliar os níveis de bem-estar, os hábitos de consumo e as perceções sobre as lojas de retalho e roupa na sociedade portuguesa, e foi realizado entre 29 de novembro e 9 de dezembro de 2021, junto de uma amostra de 1001 participantes (536 do sexo feminino e 465 masculino), entre os 18 e os 75 anos.

E as conclusões revelam outros indicadores relevantes como o facto de a dimensão profissional ser prioritária para 8,8% dos consumidores, seguindo-se a dimensão intelectual (6,8%), a espiritual (6,3%), a social (3,2) e a ambiental (0,9%).

Perante estas constatações, Maria Estarreja, diretora executiva do CORE- Center for Consumer Well-being and Retail Inovation, da CLSBE, afirmou que “é essencial existir um equilíbrio entre as dimensões prioritárias de bem-estar para a qualidade de vida de cada um de nós. Os resultados do estudo mostram que este é um tema que tem demonstrado ser prioritário para os portugueses, dispostos a melhorar e investir na sua qualidade de vida em todas as suas vertentes e dimensões”.

O estudo abordou ainda as perceções das lojas de retalho e, neste domínio, mostra que 71,5% dos consumidores valoriza a sustentabilidade nas lojas e as promoções personalizadas; que 60,7% valoriza que estas sejam digitalizadas; e 54,3% valoriza a possibilidade de poderem aceder facilmente ao serviço de Click & Collect.

Relativamente às expetativas futuras, os consumidores esperam que as lojas de retalho ofereçam produtos com maior qualidade (75,6%), mais promoções (63,3%), mais diversidade (60,6%), uma compra mais facilitada e conveniente (61,2%) e que as marcas assegurem uma produção sustentável (59,1%).

A par disto, os consumidores estão dispostos a pagar mais pelos produtos com produção sustentável, nomeadamente os alimentares (mais 19,7% sobre o preço), eletrodomésticos (mais 17,4% sobre o preço) e produtos/serviços de turismo, restauração e lazer (mais 16,8% sobre o preço).

Comentários

Artigos Relacionados