Opinião
AskBlue quer entrar em novas geografias
Continuar a desenvolver os atuais mercados internacionais e entrar em novas geografias é o compromisso da AskBlue para os próximos tempos. Pedro Nicolau, CEO da empresa, explica como ultrapassaram a pandemia e qual a estratégia de crescimento da consultora para este ano.
Sete anos depois de ter iniciado a atividade, a Askblue mantem o foco no apoio à transformação digital dos clientes e, apesar das contingências inerentes a uma pandemia, conseguiu assegurar um crescimento de 25% superior a 2019.
Este ano, a sua aposta passa por continuar a investir em marketing para comunicar os valores da marca para o mercado. Pedro Nicolau confirmou também o investimento estratégico na área internacional, uma estratégia de expansão assente parcerias com empresas locais de tecnologias de informação.
Como correu a adaptação da Askblue à pandemia em termos de gestão operacional de novos produtos?
O ano de 2020 foi atípico, uma vez que as condicionantes criadas pela pandemia criaram uma dinâmica a dois tempos. Num primeiro momento adiaram decisões e, num segundo, geraram novas solicitações, fruto da necessidade de acelerar a transformação digital de vários setores. A nível internacional, e uma vez que sempre trabalhámos em teletrabalho, esta mudança foi-nos benéfica, dado que as redes de telecomunicações e as ferramentas de software colaborativas permitem hoje criar e gerir equipas verdadeiramente globais
Revelaram ter alcançado um volume de negócios de 13,5 milhões de euros. Correspondeu ao esperado?Os resultados atingidos em 2020 estão alinhados com os resultados esperados. Representaram um crescimento de 25% face a 2019 e refletem o acerto da aposta estratégica, assente em metodologias de desenvolvimento ágil, na manutenção aplicacional, no modelo nearshore e no conhecimento profundo dos setores de atuação, do financeiro à indústria, serviços e utilities, entre outros.
O fato de termos apostado desde muito cedo no desenvolvimento desta estratégia permitiu-nos minimizar o impacto na atividade resultante da pandemia mas também proporcionou-nos novas oportunidades de crescimento no desenvolvimento de soluções para os clientes num modelo nearshore.
Qual a área que registou maior crescimento no ano passado?
A área de operações foi a que registou um maior crescimento, onde a empresa ganhou um contrato de manutenção aplicacional abrangente com um dos maiores bancos em Portugal. Ao nível internacional, o mercado que mais cresceu foi o americano onde entregamos um projeto para um banco americano, projeto para o qual a empresa foi selecionada pelo profundo conhecimento do setor financeiro.
“Notámos que (…) o sentido de urgência para a projetos de transformação digital aumentou”.
Os clientes mudaram face à pandemia? Mais exigentes, mais seletivos….
Notámos que, face ao contexto de pandemia, e passada a incerteza inicial, o sentido de urgência para a projetos de transformação digital aumentou. Alguns dos projetos até tiverem uma associação direta à pandemia como projetos no setor financeiro relativos às linhas de crédito e às moratórias. Notámos ainda um aumento da procura de implementações de projetos com metodologias de desenvolvimento ágil, mais adequadas para contextos de maior incerteza.
Qual o perfil do vosso cliente tipo?
O cliente tipo é uma empresa de grande dimensão do setor financeiro.
O que é o Askblue Technology Center (ATC)?
É um centro entrega em regime de nearshore de projetos, suporte e manutenção em tecnologias como Outsystems, .Net ou Java. Através do ATC asseguramos a transformação digital e a continuidade dos negócios suportando o ciclo de vida das aplicações desenvolvidas. Na nossa abordagem à transformação digital é tão importante desenvolver aplicações como mantê-las durante o seu ciclo de vida.
Numa fase em que a transformação digital está mais presente que nunca, como é que a Askblue se propõe apoiar os seus clientes neste domínio?
A nossa oferta de serviços permite apoiar os nossos clientes desde a fase da análise da iniciativa, quer na sua vertente de alinhamento estratégico quer na vertente de necessidade tecnológica, até à fase de implementação, com definição da experiência de utilizador, escolha das tecnologias a utilizar e a implementação propriamente dita. A gestão de mudança e o suporte aplicacional são também parte integrante da nossa oferta sendo várias vezes incluídas nos projetos desde o início. A nossa abordagem privilegia o conhecimento funcional das nossas equipas e a implementação em metodologias de desenvolvimento ágil, com a participação de várias áreas do cliente, como áreas de negócio, o serviço ao cliente, os sistemas de informação, etc.
“A empresa manteve o seu investimento estratégico na área internacional delineado em 2019 (…)”
A internacionalização continua a fazer parte do vosso plano estratégico? Quais as geografias prioritárias?
A empresa manteve o seu investimento estratégico na área internacional delineado em 2019, e que consistiu na criação de uma equipa dedicada ao desenvolvimento de negócio nos mercados do noroeste da Europa e norte-americano. A nossa estratégia está baseada em parcerias com empresas locais de tecnologias de informação pois têm um maior conhecimento dos respetivos mercados e uma rede de contactos já estabelecida. Para estes parceiros damos apoio em todas as fases do projeto, começando com a venda propriamente dita, a implementação e também o suporte pós-venda.
Vamos continuar a apostar em mercados onde a maturidade do desenvolvimento aplicacional é maior, sendo esse um dos critérios para o processo contínuo de escolha de novas geografias.
Quais os vossos projetos internacionais mais emblemáticos? E em Portugal?
No mercado americano a empresa entregou em 2020, entre outros, dois projetos de referência. O primeiro foi para um banco americano, para o qual foi selecionada pelo profundo conhecimento do setor financeiro. No segundo caso, o projeto foi desenvolvido para o setor público em que, através de uma metodologia de entrega ágil com vários interlocutores do cliente, foi possível processar um imposto imobiliário para mais de 160 mil americanos. A nível nacional, a empresa ganhou um contrato de manutenção aplicacional abrangente com um dos maiores bancos em Portugal.
Quais são os vossos objetivos para 2021?
Ambicionamos continuar a nossa jornada de crescimento sustentável, com um volume de negócio orçamentado de 16M€ (19% de crescimento previsto), com o mercado Internacional a continuar a crescer mais que o mercado nacional. Esperamos continuar a desenvolver os atuais mercados internacionais e entrar em novas geografias.
E que conquistas gostaria de alcançar nos próximos anos?
Queremos continuar a crescer e a entregar projetos com qualidade, cada vez mais críticos e complexos para os clientes, suportando assim a suas iniciativas de transformação digital. A satisfação dos nossos colaboradores continua a ser uma das nossas prioridades. Vamos continuar a investir em marketing por forma a comunicar melhor os valores da nossa marca para a mercado.