As 10 start-ups mais financiadas que fecharam portas em 2017

Conheça a lista das start-ups mais financiadas que encerraram nos primeiros nove meses de 2017. Este rol de start-ups recebeu um valor combinado superior a 1,4 mil milhões de euros de bancos e de investidores de risco.

Este ano, 41 start-ups já chegaram ao estatuto de unicórnio. Infelizmente para algumas empresas deste género o azar, a má gestão ou a falta de produtos inovadores ditou o fim dos seus negócios. Eis 10 start-ups que, segundo o TechCrunch, receberam mais de 1,4 mil milhões de euros em investimentos e que se viram obrigadas a encerrar as portas nos primeiros nove meses de 2017.

Beepi – (fevereiro | 124M €)

Tendo recebido investimento de 35 investidores diferentes, num total de cerca de 124 milhões de euros, a Beepi tinha tudo para dar certo.

Nascida a partir da ideia de criar um mercado onde as pessoas podiam comprar e vender o carro, colocando de parte as despesas associadas aos stands de vendas de carros, a Beepi tinha uma forte componente de serviço ao cliente.

O que ditou o final da empresa, segundo o que um antigo trabalhador explicou à TechCrunch, foi a má gestão. No pico de sucesso, altura em que a empresa contava com 300 trabalhadores, a Beepi estava a gastar quase 6 milhões de euros por mês.

HomeHero – (fevereiro | 19,3M €)

A HomeHero era uma start-up que dava acesso a cuidados não médicos ao domicilio. O principal público-alvo desta empresa eram pessoas da terceira idade que precisavam de apoio ao domicílio.

A HomeHero chegou a angariar 19,3 milhões de euros para ligar auxiliares a famílias que precisassem da sua assistência. Durante a sua existência, a start-up chegou a criar parcerias com hospitais e lançou um serviço que ajudava as pessoas a monitorizar a saúde dos membros da família que estivessem ao cuidado da HomeHero.

Kyle Hill, CEO da start-up, culpou a troca do tipo de contrato 1099 para W2 (o equivalente a recibos verdes e a contrato sem termo, respetivamente) como a principal razão para o fecho da empresa.

Auctionata (fevereiro | 80,3M €)

Nascida em 2012 e tendo recolhido mais de 80 milhões de euros em financiamento de 15 investidores diferentes, a Auctionata, uma start-up que fazia livestreams de leilões de peças de arte e artigos colecionáveis, fechou as portas por não receber um investimento que era necessário para manter as operações.

 Quixey (maio | 138,5M €)

Com uma avaliação que chegou a superar os 500 milhões de euros, a Quixey viu-se obrigada a fechar as portas em maio.

Tendo criado um assistente digital para aplicações mobile, a Quixey foi “engolida” pela Apple e pela Google, que também decidiram criar os seus assistentes para apps. Neste campo, a Viv, uma outra start-up que desenvolveu o mesmo tipo de serviço, deu-se melhor, tendo sido adquirida pela Samsung por 181 milhões de euros.

Yik Yak (maio | 61,7M €)

A Yik Yak era uma rede social onde os utilizadores eram anónimos. Um conceito que poderia resultar foi rapidamente infestado por cyberbullies e conteúdo pouco adequado.

Em 2014, a start-up chegou a valer mais de 335 milhões de euros. Com isto, a reputação da rede social foi comprometida e os downloads decresceram 76% em 2016, quando comparados com o mesmo período de 2015.

A empresa chegou a receber mais de 60 milhões de euros em investimento, mas, em 2016, viu-se obrigada a despedir a maior parte dos seus colaboradores. O ponto final foi dado em maio deste ano, altura em que a Yik Yak se viu obrigada a fechar a rede social.

Sprig (maio | 47,6M €)

Desde a sua inauguração em 2013, a Sprig angariou quase 48 milhões de euros em financiamento. O negócio desta start-up era preparar e entregar ao domicilio comida saudável.

Numa carta à imprensa e aos seus clientes, o CEO da Sprig esclareceu que o modelo de negócio da empresa não resultou, referindo que encontrou um grande desafio a escalar um negócio que dependia exclusivamente da confeção e da entrega do seu produto.

Hello (junho | 34M €)

A Hello, a start-up que desenvolveu o Sense, um tracker do sono, fechou em maio, depois da sua procura por um comprador ter falhado.

Avaliada entre 210 e 250 milhões de euros, na altura em que angariou 34 milhões em financiamento, a Hello chegou a receber mais de dois milhões de euros numa campanha de crowdfunding no Kickstarter.

Pearl (junho | 42M €)

Constituída por antigos engenheiros da Apple, a equipa da Pearl desenvolveu uma câmara traseira para o carro, com o objetivo de facilitar as manobras.

Numa única ronda de investimentos, a Pearl conseguiu arrecadar 42 milhões de euros. O encerramento da Pearl pode ter sido causado pelo preço bastante elevado do seu produto (500 dólares/ 420 euros), numa altura em que a maioria dos carros novos já dispõe de câmaras traseiras.

Jawbone (julho | 799M €)

A Jawbone não só é a start-up que recebeu mais financiamento desta lista, como também é a mais antiga.

Nascida no final dos anos 90, a Jawbone recebeu quase 800 milhões de euros em financiamento entre investidores e bancos.  A marca de roupa já estava a ter dificuldades em manter-se no mercado há alguns anos e a sua sentença foi ditada em julho deste ano, quando a empresa teve de encerrar.

Juicero (setembro | 100M €)

Depois de apenas 16 meses no ativo e de angariar 100 milhões de euros, a Juicero, uma start-up que desenvolveu uma máquina que espremia sacos de sumo e que custava 335 euros, encerrou as suas operações.

Uma das causas apontadas para a empresa encerrar foi um artigo publicado pela Bloomberg que revelou que a máquina era desnecessária para espremer os sacos de sumo, processo que poderia ter sido feito à mão.

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