Adaptar os processos às competências aumenta o envolvimento dos colaboradores

As empresas devem dar prioridade a 25 a 30 competências necessárias para todos os colaboradores e a mais 5 a 10 especializadas para cada área de negócio, sugere a McKinsey.

As empresas que alinham os processos de RH com as necessidades de desenvolvimento de competências podem aumentar o envolvimento dos colaboradores em 50%, reduzir os custos dos programas de formação também em 50% e aumentar a produtividade em 40%, de acordo com uma análise da McKinsey & Company.

Tendo em conta que muitas empresas têm apenas um conhecimento limitado e geral das competências e das suas necessidades internas, a McKinsey recomenda adequar “os processos de RH às necessidades de desenvolvimento de competências através do desenvolvimento de uma taxonomia de competências, com o objetivo de identificar aquelas que são mais críticas”.

“Estas classificações baseiam-se normalmente em, pelo menos, três fontes de informação: taxonomias existentes, ou seja, informações já presentes na empresa; uma análise criteriosa das necessidades futuras em termos de competências, tais como a aplicação de analítica avançada às ofertas de emprego, identificando as competências mais procuradas e por último as opiniões de executivos e especialistas do sector”, afirma Pablo Hernandez, sócio da McKinsey & Company, citado em comunicado.

Ainda de acordo com a análise da McKinsey, “é aconselhável dar prioridade a 25 a 30 competências necessárias para todos os colaboradores e  mais 5 a 10 especializadas para cada área de negócio, de forma a obter um modelo de trabalho que possa evoluir à medida que a organização avança”.

Uma vez identificadas as competências essenciais, a consultora aconselha a avaliar a situação atual da organização, estabelecer objetivos e a identificar oportunidades de melhoria. Para isso, refere, “deve-se estabelecer objetivos para cada competência e compará-los com as médias atuais ao nível da equipa e da organização”.

A McKinsey refere também que as empresas bem sucedidas utilizam frequentemente métodos como workshops de avaliação, que servem para adotar uma abordagem sistemática com sessões de avaliação de competências e reflexão coletiva para melhorar a fiabilidade, assim como inquéritos para obter o feedback dos funcionários ou o mapeamento de competências, para identificar competências com base em perfis com posições semelhantes fora da organização.

Mas como devem as empresas desenvolver medidas para compensar as maiores carências?

Com a taxonomia concretizada e com uma ideia clara das necessidades da empresa, a McKinsey recomenda a realização de ajustes estruturais aos processos de RH e o lançamento de iniciativas estratégicas para corrigir o maior número possível de pontos fracos.

Segundo a consultora, “estes desenvolvimentos requerem normalmente ações ao longo de vários eixos, incluindo o recrutamento baseado em competências, com percursos de aprendizagem personalizados que podem colmatar as lacunas e maximizar o tempo de aprendizagem dos colaboradores, e a gestão do desempenho, ajustando os modelos e as avaliações para incentivar o desenvolvimento de competências e a formação”.

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