Pordata assinala Dia do Trabalhador com dados sobre economia nacional

O número de desempregados inscritos no mês de março de 2020 atingiu os 53 mil, e os portugueses estão mais pessimistas quanto à evolução do desemprego. Estas são algumas das conclusões dos mais recentes dados divulgados pela Pordata.

A Pordata, um projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, associou-se ao Dia do Trabalhador com a divulgação de alguns dados estatísticos relativos aos meses de março e abril de 2020 sobre o desemprego registado no IEFP, a atual situação das empresas nacionais, o impacto das medidas do Estado de emergência nos recursos humanos e no volume de negócios e, ainda, quais as perspetivas da população sobre a evolução do desemprego nos próximos 12 meses.

Assim, no que se refere à situação das empresas (no período de 20 a 24 de abril), a Pordata revela que:

O último inquérito semanal às empresas, do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal, indica que 16% das empresas fechou temporariamente, contra 1% que fechou definitivamente.

Em todos os setores, mais de 80% dos estabelecimentos mantêm-se em funcionamento (mesmo que parcialmente), com exceção do setor do alojamento e restauração, onde apenas 41% das empresas se encontra nesta situação. Também neste setor de atividade, 5% das empresas encerrou definitivamente.

Estão em risco de sobrevivência, as micro e pequenas empresas. No setor do alojamento e restauração, em particular, 29% das empresas diz não aguentar mais dois meses assim e 16% nem sequer mais um mês.

Na última semana, 56% das empresas responderam que a pandemia Covid-19 está a ter impacto na redução do número de pessoas que estão efetivamente a trabalhar. Mais de três em cada quatro das médias e grandes empresas reportam a redução de pessoal. Este impacto atinge 77% das empresas do setor do alojamento e restauração.

Em março, o número de novos desempregados inscritos atingiu os 53 mil. Trata-se de um aumento de 34% face a março de 2019.

Os dados disponíveis para o continente revelam o maior crescimento do desemprego no setor dos serviços (+5,9%), sobretudo, nas atividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio (+7.626) e de alojamento, restauração e similares (+4.967).

Os portugueses estão cada vez mais pessimistas quanto à evolução do desemprego.

As conclusões desta análise estão disponíveis na nova área do site da Pordata – “Os números da crise” – lançada no dia 24 de abril, e na qual estão reunidos dezenas de indicadores-chave de fontes estatísticas diferentes (INE e Banco de Portugal, entre outras) para analisar o impacto económico e social da Covid-19 na vida dos portugueses desde março de 2020.

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