Ecommerce: as cinco tendências que prometem mudar o futuro do setor

Pagamentos digitais quase invisíveis, automatização com base nos dados do cliente, inteligência artificial para personalizar a oferta, são algumas das tendências que se adivinha para o setor do ecommerce.
A Minsait, empresa do universo Indra especializada em consultadoria, transformação digital e tecnologias da informação, em Espanha e na América Latina, revelou os dados de um estudo que apontam alguns caminhos para o futuro do ecommerce.
O estudo “5 pilares para construir o e-commerce do futuro”, refere que as compras online estão cada vez mais direcionadas para experiências simplificadas, fluídas e homogéneas, não condicionadas pelo canal utilizado.
Além disso, estão a desaparecer paulatinamente as barreiras entre o on e o off nos espaços físicos, que são cada vez mais tecnológicos, com identificação biométrica, rastreabilidade dos utilizadores e reconhecimento visual dos objetos. Neste cenário, os pagamentos digitais quase invisíveis, a automatização com base nos dados do cliente, a inteligência artificial para personalizar a oferta, a autogestão com tecnologias que permitam a integração de canais e profissionalização do B2B para a excelência na experiência do utilizador, são as grandes tendências que segundo a Minsait marcarão o futuro do ecommerce.
Como lembrou Jorge Gonçalves, diretor da unidade de Indústria na Minsait em Portugal, “o contexto tecnológico prevê para todos os atores envolvidos no comércio digital um cenário muito estimulante, transformando os negócios com novas oportunidades para os vendedores, e proporcionando ferramentas e experiências mais inovadoras para os clientes”.
O estudo indicia uma evolução do ecossistema e dos meios de pagamento para métodos mais simples, que permitirão que o cliente faça a gestão dos pagamentos através de uma app mesmo depois de ter abandonado o local de pagamento. Por outro lado, há uma maior integração dos pagamentos digitais em todos os aspetos do dia a dia, ao mesmo tempo que se diversifica o leque de dispositivos utilizados. Um cenário marcado pelo aparecimento de novas ferramentas, plataformas e fornecedores, impulsionadas pelas fintechs, que vencem na agilidade e no time-to-market comparativamente aos serviços financeiros tradicionais, com soluções apoiadas no blockchain, aplicações de pagamento com criptomoedas e criação de experiências sobre inteligência artificial.23
A automatização traz eficiências significativas já que permite categorizar os clientes em função do valor das suas compras ou do canal de aquisição e segmentá-los em campanhas. Possibilita reportar os pedidos com maior procura aos responsáveis de design do front office, gerir produtos e inventários, assegurando os stocks ou administrando as reclamações de forma mais ágil.
Já a terceira das grandes tendências identificadas pela Minsait, a inteligência artificial, aponta para o comércio cognitivo e permitirá revolucionar a experiência de compra e criar uma total individualização orientada à oferta de conteúdos adaptados ao perfil de cada cliente – antes, durante e depois do contacto com a marca.
A autogestão, independentemente do canal, é a quarta tendência, em parte devido à introdução de tecnologias que facilitam a integração entre canais, serviços e reconhecimento do cliente, para que o consumidor possa interagir com a marca, independentemente do momento e ponto de contato.
A quinta tendência incide na profissionalização do B2B, através de plataformas na nuvem que facilitem a automatização de tarefas manuais de gestão e consolidação de dados, assim como outras funções que melhoram a eficiência e o time-to-market.
Refira-se que de acordo com os dados do Statist, citados pela Minsait, no mercado português, o ecommerce continuará a crescer em Portugal, estimando-se um volume de negócio superior a 3.670 milhões de euros em 2023. Uma tendência que está em linha de conta com o desenvolvimento da economia digital verificada no país, que atualmente ocupa a 19ª posição entre os 28 Estados-membros da União Europeia.