Opinião
Um plano para a próxima década

A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, a que presido, apresentou recentemente, em Lisboa, o Plano Regional de Desenvolvimento Turístico 2020-2030. Este é um documento de importância fundamental, que aponta os caminhos que devem ser seguidos pela região na próxima década.
O Plano Regional de Desenvolvimento Turístico 2020-2030 resultou de uma colaboração com a Deloitte, que auscultou de forma exaustiva vários players, da área do turismo e não só, de que são exemplos as Comunidades Intermunicipais da região, os PROVEREs, as associações, as universidades ou os politécnicos.
Foram muitos os motivos que levaram o Turismo Centro de Portugal a avançar desde já para um documento tão estruturante para o futuro. Nos últimos anos, esta região tem crescido, de forma sustentada, acima da média nacional, e os dados mais recentes deixam antever que esse crescimento vai continuar. Mas a indústria do turismo está a atravessar um conjunto de mutações, de forma rápida, e sentimos necessidade de ajustar os destinos do Centro de Portugal às novas tendências da atividade turística. Afigurou-se-nos importante que os players do setor pudessem dispor de um documento orientador, projetado a 10 anos, que fosse uma referência estratégica.
O Plano Regional de Desenvolvimento Turístico 2020-2030 projeta as principais linhas-mestras para a próxima década. Em concreto, procura sintetizar as metas turísticas concretas a atingir e os objetivos estratégicos gerais para a região. Para isso, avança com linhas estratégicas de ação para cada objetivo proposto.
Em traços gerais, o Plano define quatro metas turísticas a alcançar: aumentar o número de dormidas na região Centro de Portugal; aumentar a estada média no território; aumentar a taxa líquida de ocupação-cama; e aumentar o rendimento por quarto disponível nos alojamentos.
Para alcançar essas metas, o Plano tem na sua génese cinco drivers orientadores, que passam por “qualificar e valorizar todos os intervenientes na cadeia de valor do setor do Turismo”, “promover o desenvolvimento integrado, sustentado e coeso do território”, “estruturar, qualificar, consolidar e diversificar transversalmente a qualidade da oferta”, “contribuir para o desenvolvimento da notoriedade da Região Centro e solidificação da marca Centro no mercado” e “potenciar o investimento turístico na Região Centro e incentivar a inovação e empreendedorismo”.
À luz do novo panorama turístico da Região Centro de Portugal, também os seus pilares estratégicos foram adaptados, passando a totalizar cinco pilares que sumarizam a oferta turística da região: cultura, história, património e gastronomia e vinhos; natureza, wellness, turismo ativo e desportivo e mar; lifestyle, inspirational e novas tendências; turismo espiritual e religioso; e turismo corporate e empresarial.
O Plano sublinha que, tomando partido da sua diversidade, a região Centro de Portugal deverá alavancar a sua oferta turística, posicionando-se como um destino coeso, caracterizado pela oferta de experiências turísticas integradas transversais e pela continuidade ao longo do território.
O Centro de Portugal é a maior região de turismo do país e tem características únicas e diferenciadoras. É um destino com qualidades ambientais ímpares e onde os visitantes podem encontrar atividades e experiências durante todo o ano. Este Plano é um passo em frente em direção a um futuro que antevemos promissor para o Centro de Portugal e para os seus habitantes.