Os cinco pilares fundamentais que ditaram o sucesso da Amazon

O homem mais rico do mundo criou a sua fortuna a partir de uma obsessão: a experiência do utilizador.

A Amazon foi a segunda empresa norte-americana a atingir uma capitalização de mercado de um bilião de dólares. Em 1999, altura em que a gigante de ecommerce tinha apenas cinco anos de existência, a empresa de Jeff Bezos já estava na mira dos investidores da bolsa – em abril desse mesmo ano já tinha atingido uma avaliação superior a 30 mil milhões de dólares.

Tudo isto aconteceu antes da bolha da internet rebentar. Pouco tempo antes, numa entrevista à CNBC, o CEO da organização já passava a ideia da volatilidade das ações das empresas incluídas neste ecossistema. Depois da dot com bubble eclodir, as ações da Amazon – que em 1999 tinham atingido os 90 dólares – chegaram a ser trocadas abaixo dos dez dólares.

“Se não formos uma das grandes empresas a perdurar, só nos podemos culpar a nós mesmos”

A antevisão daquilo que viria a acontecer às empresas de internet nos anos que se seguiriam não foi o único tema que perdurou desta entrevista. Desde 1994, ano em que o projeto foi fundado numa garagem, que a Amazon teve de trilhar um caminho sinuoso para atingir o sucesso que lhe é hoje reconhecido. Contudo, este trajeto poderia ter sido mais difícil caso a firma não tivesse assente em alguns pilares ditados pelo seu fundador.

Atualmente, um dos fatores fundamentais para qualquer empresa de internet é a experiência do utilizador na sua plataforma. Surpreendentemente, Bezos já tem esta ideia presente há mais de duas décadas. Em 1999, o CEO dizia acreditar que era necessário focar-se obsessivamente na experiência dos utilizadores da sua plataforma. Prova disto é a patente “1-Click” que foi registada em setembro de 1999 pela empresa e que deixava os utilizadores finalizarem as suas compras com apenas um clique – tal como explica o nome. Esta estratégia não só provou ser útil para fomentar as compras, como também na recolha de dados por parte da plataforma.

“Se há uma coisa em que a Amazon é obcecada é a experiência do utilizador”

Desde os primeiros anos do projeto que a Amazon assenta o seu negócio em cinco pilares:

– Experiência do utilizador

– Uma seleção variada de produtos

– Facilidade de utilização

– Preços

– Mais informação que facilite a decisão de compra

Na altura, Bezos acreditava que se uma empresa conseguisse aliar todas estas componentes a um bom serviço ao cliente teria uma boa possibilidade de ser bem-sucedida.

“Não há nenhuma garantia de que a Amazon.com se possa tornar numa empresa de sucesso, o que nós estamos a tentar fazer é bastante difícil”

Bezos foi a “Pessoa do Ano” da revista Time em 1999. Num avanço rápido até aos dias de hoje, podemos dizer que a estratégia da Amazon foi bem-sucedida: os resultados financeiros de 2018 – tornados públicos recentemente pela gigante de ecommerce – revelaram receitas de 205 mil milhões de euros com um rendimento líquido perto de atingir os nove mil milhões de euros.

Tem uma empresa que trabalha diretamente com o consumidor? Lembre-se que a maior fortuna do mundo foi criada com a obsessão das experiências dos utilizadores.

Leia também sobre a forma como as decisões  de investimento são tomadas na Amazon.

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