62% das empresas considera que trabalho híbrido pode levar à violação de dados

Novo estudo da Fortinet revela que, para quase dois terços das empresas, os colaboradores que trabalham a partir de qualquer lugar podem abrir caminho para a violação de dados.

A insegurança das redes domésticas e remotas é considerada pela maioria das organizações como o maior risco de segurança. No entanto, 55% das organizações estão a adotar uma estratégia de trabalho híbrido para os colaboradores. Esta é uma das conclusões do estudo global Work-from-Anywhere 2023, da Fortinet.

O estudo foi realizado no início de janeiro de 2023 e incluiu 570 organizações de várias indústrias de todo o mundo, com pelo menos 100 empregados, incluindo Portugal.

Quando questionadas sobre como é atualmente a sua política de trabalho remoto, 60% das 570 empresas do estudo revelaram que ainda estão a acomodar colaboradores que trabalham a partir de casa e 55% das organizações estão a adotar uma estratégia de trabalho híbrido para os seus colaboradores.

A insegurança das redes domésticas e remotas é considerada pela maioria das organizações como o maior risco de segurança do modelo de trabalho a partir de qualquer lugar.

“Esta é uma importante questão, em grande parte devido à incapacidade de estender a segurança corporativa a um ambiente não corporativo. Outros riscos incluem colaboradores que utilizam computadores portáteis da empresa para razões pessoais, colaboradores que não seguem protocolos de segurança quando não estão no escritório, e utilizadores desconhecidos que partilham a rede doméstica”, explica a Fortinet em comunicado.

Ainda de acordo com o estudo, o que as organizações pretendem é estabelecer políticas consistentes em todos os locais, incluindo aqueles em que os trabalhadores se ligam à rede remotamente. O desafio é encontrar fornecedores que possam implementar soluções e aplicar protocolos na rede da empresa, bem como nos escritórios domésticos. Esta é provavelmente a razão pela qual quase metade (42%) dos inquiridos acabam por utilizar diferentes fornecedores.

O estudo refere ainda que as empresas já implementaram soluções para enfrentar riscos em certa medida, mas os investimentos planeados em soluções de segurança são amplos, especialmente para antivírus para portáteis e VPN.

Curiosamente, embora a principal prioridade para proteger os trabalhadores remotos citada seja o controlo do acesso à rede, com 58% a relatar que já implementaram tal solução, apenas 4% refere a ZTNA como o investimento mais importante, apesar da sua capacidade de limitar o acesso aos recursos da rede. A VPN, que proporciona um amplo acesso à rede, está entre os 10 investimentos mais importantes.

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