6 inovações sustentáveis que nasceram ao longo de 2023

Este ano foram muitos os setores de atividade pródigos em inovações. Escolhemos seis das várias identificadas pelo portal Dezeen.

Novos materiais e soluções que procuram contribuir para uma vida ambientalmente mais sustentável têm sido o foco de atividade de muitas empresas que, ao longo deste ano, nos brindaram com projetos inovadores. Os exemplos vão desde novas formas de construção de casas, até à transformação de resíduos. No fundo, em todas as propostas, acelerar a adoção de modelos de vida mais amigos do ambiente é o objetivo. A Dezeen, um portal informativo, reuniu dos alguns cases mais significativos de 2023, dos quais retirámos seis exemplos.

Projeto Water-Filled Glass
Os investigadores Matyas Gutai, Daniel Schinagl e Abolfazl Ganji Kheybari, da Universidade de Loughborough, em Inglaterra, combinaram a água e o vidro de uma forma inovadora. Chamado Water-Filled Glass, o projeto consiste em janelas que recebem numa fina camada de água que fica presa entre dois painéis de vidro. A água absorve o calor da luz solar e a perda de calor do interior, o que ajuda o ambiente a aquecer, ao mesmo tempo que limita o ganho de calor nos meses mais quentes. Esta técnica, asseguram os investigadores, pode reduzir as contas de energia de um edifício em cerca de 25%, comparativamente com o vidro padrão.

Bactérias que dão cor à roupa
A tecnologia Colorifix foi desenvolvida pelos biólogos Orr Yarkoni e Jim Ajioka, e utiliza bactérias geneticamente modificadas para produzir diferentes enzimas produtoras de cores, criando um corante compatível com as máquinas de tingimento padrão da indústria têxtil. Esta técnica de colorir roupas usando bactérias em vez de corantes químicos, utiliza 77% menos água e produz 31% menos emissões de dióxido de carbono. A tecnologia já está a ser usada pela marcas H&M e Vollebak.

Bioblocos
Esta inovação nasceu no Colorado, Estados Unidos, pela mão da Prometheus Materials, uma start-up que desenvolveu uma “alternativa com zero carbono” aos blocos de alvenaria de concreto. Os seus Bioblocos são unidos com o recurso a microalgas em vez de cimento, que é responsável por cerca de 8% das emissões globais. A start-up está a trabalhar com o estúdio de arquitetura SOM para explorar as potenciais aplicações para o material que desenvolveu.

Revestimento que muda de cor
Uma equipa de investigadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveu um material de revestimento que pode mudar a sua cor infravermelha – a cor que aparece nas imagens térmicas – com base na temperatura externa. O objetivo é que esta tecnologia ajude a manter os edifícios mais frescos no verão e mais quentes no inverno. Num dia quente, o material aparece amarelo sob imagens térmicas porque emite calor, enquanto nos dias frios fica roxo quando retém calor. Essa mudança de cor é desencadeada por um pequeno impulso elétrico que ou deposita cobre numa película fina ou a remove.

Impressora de lã em 3D
Designada Flocks Wobot, a tecnologia criada por Christien Meindertsma consiste num braço robótico personalizado que funciona como uma impressora 3D que produz lã. A impressora conecta camadas do material através de feltragem para criar formas tridimensionais sem a necessidade de qualquer tipo de material adicional. Até agora, Meindertsma utilizou o robô para produzir um sofá, mas, no futuro, poderá igualmente ser utilizado para criar desde isolamento a produtos acústicos.

Couro sintético sem plástico
A start-up Modern Synthesis desenvolveu uma alternativa ao couro que não leva plástico, e que pode gerar até 65 vezes menos emissões de gases de efeito estufa do que o couro real. O material é feito por bactérias que crescem numa estrutura de fios e são alimentadas com açúcar residual de outras indústrias, convertido num material forte e leve chamado nanocelulose. A marca dinamarquesa Ganni já utilizou o material para criar uma versão da sua Bou Bag, revelada no London Design Festival, que em 2025 deverá estar disponível comercialmente.

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