5 perguntas que deve fazer antes de fazer parte de uma start-up

Se pertence ao grupo de pessoas que está a pensar em mudar de carreira e juntar-se ao “novo mundo” dominado pelas start-ups e não sabe se deve arriscar, percorra este pequeno questionário elaborado por Geoff Donaker, investidor e conselheiro de start-ups.

Quer fazer parte do universo das start-ups, mas acha que é um “salto no escuro” e tem medo? Não é o único. Estas cinco questões elaboradas por Geoff Donaker, um veterano no mundo das start-ups com 20 anos de experiência, podem iluminar o caminho que tem de percorrer até encontrar a “sua” start-up, segundo a Forbes.

1. É exequível financeiramente?
Deve partir do princípio de que a entrada numa start-up é arriscada e que a sua percentagem da empresa vale zero. Dependendo do nível em que a start-up se encontre, deve sempre pôr dinheiro de lado para se manter sem salário entre três a seis meses, visto que podem surgir problemas e a empresa pode não estar financeiramente estável para lhe pagar um ordenado fixo. A altura ideal – se é que esta existe -, será numa fase da sua vida em que não tem grandes encargos financeiros.

2. Acredita que este projeto pode ter sucesso?
Segundo o investidor e conselheiro de start-ups, há várias maneiras de responder a esta pergunta e aqui a experiência é uma grande mais-valia. Se a empresa já tiver lucro e estiver disposta a partilhar esses números consigo, é um bom sinal. Independentemente de estar ou não a lucrar, a pergunta principal é se investia o seu próprio dinheiro no negócio. Se a resposta for negativa, não será boa ideia avançar.

3. Dá-se bem com os fundadores?
A pergunta pode parecer estranha. Mas não se esqueça de que vai passar mais tempo com estas pessoas do que com os seus amigos ou família. É de extrema importância que sinta empatia com quem vai fazer parte do seu dia a dia no local de trabalho e, mais importante ainda, que possa confiar o próximo passo da sua carreira a estas pessoas. Geoff Donaker relembra: bons fundadores levam empresas ao sucesso, maus fundadores podem encaminhar as empresas no rumo oposto. Se acha que os fundadores/diretores não são pessoas competentes e capazes de levar a empresa a “bom porto”, não será boa ideia entrar no mesmo barco que eles.

4. Está interessado no projeto ou no produto da empresa?
É importante que esteja interessado no projeto ou no produto da empresa, visto que vai passar a maior parte do tempo a pensar como o poderá melhorar e vender. Não precisa de ser apaixonado pelo produto. Precisa, no entanto, de ter interesse para pesquisar, analisar a sua concorrência, fazer parte do setor em que a empresa se concentra e instruir-se para tornar o produto/projeto objeto de sucesso.

5. Há algum cargo que corresponda às suas aptidões naturais?
Esta pergunta depende da sua experiência. Quanto maior for a sua “bagagem” no setor em que está a pensar investir o seu tempo, mais importante se torna esta pergunta. G. Donaker coloca a questão da seguinte forma: se for um diretor de marketing focado em gerir grandes equipas, não será boa ideia aceitar desempenhar um papel que fica abaixo das suas expetativas. A esperança de que a empresa cresça e que possa vir a subir na hierarquia não passa disso mesmo, uma esperança. Por outro lado, se a empresa precisa de um diretor de marketing e está disposta a investir numa equipa, o futuro é promissor. É importante ter ainda em conta que, se o cargo que lhe interessa está ocupado por uma pessoa mais experiente e com mais competências, não será uma boa ideia juntar-se à equipa. Por outras palavras, se quiser muito ser ponta-de-lança de uma start-up e esta já tem um Cristiano Ronaldo nesta posição, não arrisque.

 

Se respondeu “não” a duas ou mais perguntas, não pense duas vezes e desista da ideia. Passe à próxima. Se só respondeu “não” a uma pergunta, pense bastante bem antes de tomar esta decisão. Se o “sim” foi claro em todas as perguntas, esta é uma oportunidade única.

Utilize este processo numa metodologia de tentativa/erro. É difícil encontrar uma start-up que preencha todos estes requisitos, mas, assim que encontrar uma que corresponda a todas as suas expetativas, agarre-se a essa oportunidade.

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