5 dicas para liderar uma start-up em tempos de crise

Muitos fundadores de start-ups navegam por águas desconhecidas quando uma crise surge. Para os ajudar nestes momentos mais difíceis, partilhamos alguns passos a seguir para gerirem a situação e manterem a atividade necessária, garantindo a segurança e o bem-estar de todos.

Como um desastre natural ou económico, a resposta rápida de um concorrente, uma divisão interna da equipa ou o roubo de informações afetaria os seus negócios? As crises geralmente impõem a necessidade de mudar hábitos e de procedimentos, bem como comportamentos. O navegar no desconhecido surge porque os fundadores não foram treinados para eventos anormais ou não têm experiência suficiente para identificar uma crise.

O EU-Startup reuniu cinco ações que devem ser tomadas por qualquer fundador de start-up em tempos de crise e que podem ajudar na prevenção, na adaptação e na solução.

1. Converse com a equipa de forma individualizada
É muito importante saber o que está a acontecer na empresa e isso requer conversar com frequência com os membros da equipa. Muitas crises internas podem ser evitadas ao seguir este conselho. Sempre que realizar uma reunião ou videochamada com cada membro da equipa, coloque questões diretas e anote as respostas. Permita que a equipa partilhe os desafio que enfrenta na realização do seu trabalho. Além disso tomar notas enquanto falam, mostra que está empenhado e que está realmente a prestar atenção ao que dizem.

Quando terminar, marque logo a próxima conversa para falar sobre os outros pontos a discutir. Isto dará a ambos a a clareza e a transparência para se empenharem na resolução de problemas.

2. Reuniões de grupo com mais frequência
Independentemente do tamanho da start-up, é uma boa ideia agendar reuniões de grupo com mais frequência durante os períodos de crise. Estas reuniões, quando não podem acontecer com toda a equipa, devem ter pelo menos um representante de cada setor da empresa. Isto ajuda a relembrar metas de curto e longo prazo para cada membro da equipa e de cada setor da empresa, de forma a atribuir responsabilidades.

3. Use apenas uma linha de comunicação
A comunicação oficial da empresa deve ser feita por um ponto de ligação, não só na organização, mas também com os stakeholder como fornecedores, clientes, bancos e contactos com a imprensa. Este conceito ajuda a manter um maior grau de envolvimento da equipa à medida que os membros percebem a importância dos seus papéis e das relações que construíram com os outros, e a evitar mensagens confusas.

4. Dê o exemplo, se for necessário fazer sacrifícios
Por vezes, para proteger um fluxo de caixa baixo, ou um período de recessão inesperado, é necessário fazer sacrifícios. Os fundadores e diretores das start-ups devem liderar pelo exemplo e sugerir sacrifícios à equipa, mas sem pedir que o façam obrigatoriamente.

Os colaboradores devem ser livres para decidir se querem ou podem fazer sacrifícios. Este é um momento muito importante para identificar a mentalidade de todo o grupo e quem está mais inclinado a ajudá-lo a conter a pressão em cenários críticos. Quando se trata de sobrevivência, os sacrifícios obrigatórios têm que ser planeados e feitos por todos.

5. Gerir expectativas
É melhor comunicar em excesso do que omitir ou transmitir informações incorretas. A start-up precisa de  ser mais rápida que o mercado a atualizar os stakeholders e o público em geral, com planos de ação detalhados e compromissos que podem ser cumpridos, mesmo sofrendo algum atrasado. A comunicação em todos os níveis desempenha um papel vital no planeamento, perceção, ajuste e execução de uma estratégia de crise.

 

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