4 ideias para criar um escritório híbrido que funciona para todos os colaboradores

Tecnológica norte-americana prepara-se para reabrir escritório que está a ser planeado tendo em conta os diferentes perfis de colaboradores: os que moram perto e que vão com frequência ao espaço físico, e os trabalhadores estrangeiros que raramente se deslocam ao local de trabalho. Conheça as ideias que a empresa está a pensar implementar.

Os colaboradores da tecnológica Augury tiveram de abandonar o escritório em Nova Iorque durante a pandemia, à semelhança do que aconteceu com outras empresas. No entanto, o regresso ao escritório, depois do levantamento das medidas restritivas resultantes da Covid-19, levou a empresa a criar um novo espaço na cidade, que está neste momento a ser projetado.

Para ajudar a orientar o novo design do escritório, a empresa analisou as suas equipas para entender como os vários departamentos esperavam usar o espaço, tendo em conta um modelo de trabalho mais híbrido. “Quando estávamos a falar sobre isso, começámos a questionar o tipo de pessoas que lá estarão”, afirma Tiffany Millar, diretora de Experiência no Local de Trabalho da Augury, citada pela Fast Company.

A empresa percebeu que as pessoas que se deslocariam ao escritório enquadravam-se em algumas categorias: funcionários que moram nos arredores e poderão ir com frequência ao espaço ou trabalhadores estrangeiros que raramente se deslocam ao local de trabalho.

O número de pessoas presentes no espaço pode variar entre 20 a 80 pessoas, dependendo do dia. Para fins de organização, os colaboradores foram divididos em quatro categorias.

1. Os que se sentem em casa, mas trabalham fora
O primeiro grupo é composto por colaboradores que moram na região e podem vir ao escritório uma ou mais vezes por semana, mesmo que a maior parte do seu trabalho possa ser feita remotamente. “Essas eram as pessoas que, essencialmente, queriam sair dos seus minúsculos apartamentos, ou talvez, trabalhar longe do barulho que as crianças fazem em casa”, diz Millar.

Os espaços projetados para este tipo de pessoas concentram-se no lado social do trabalho – uma boa área de cozinha, máquinas de café, mesas altas onde se pode trabalhar, mas também conversar com pessoas que só se veem pessoalmente a cada poucas semanas. “Tinha muito mais a ver com hospitalidade”, refere Millar.

2. Viajante do tempo
São os funcionários que vivem na Europa ou em Israel e viajam para ter reuniões, mas precisam de um tempo para se ajustar ao fuso horário. O escritório inclui espaço para guardar bagagens e até quartos onde podem descansar.

3. Viajante herói
Investidores, membros do conselho e clientes que podem visitar o escritório trimestralmente. Os espaços pensados ​​para eles priorizam um ambiente confortável e divertido, além de apresentar um pouco da tecnologia da Augury, que é usada para monitorizar e realizar diagnósticos em dispositivos industriais.

4. Os novatos
Funcionários recrutados recentemente que podem vir ao escritório para reuniões anuais ou pela primeira vez desde que foram integrados. Para eles, as salas de conferência e os espaços de descanso estão a ser projetados para facilitar a colaboração pessoal após meses a trabalharem em projetos apenas remotamente.

Para as novas contratações, o design prioriza a localização e a sinalização clara. “Este espaço tem tudo a ver com garantir que as coisas sejam fáceis de encontrar”, diz Millar.

 

Cada categoria dos futuros ocupantes influenciou diferentes partes do escritório. Mas, em vez de projetar o espaço tendo em mente apenas os colaboradores-padrão, o novo escritório incluirá elementos de design adaptáveis a quem estiver no local, dependendo do dia.

No entanto, Millar diz que será importante acompanhar como os espaços estão a ser usados ​​e por quem, para determinar se o projeto está a responder às necessidades de mudança dos diferentes tipos de pessoas.

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